Em São Paulo – Até o dia 9 de setembro, poderá ser visto no Sesc Pompeia o espetáculo “Vertebral”, com o grupo Ares.
Vertebral é um espetáculo que surge da necessidade de verticalizar ideias, pesquisas de movimento, subjetividades e depoimentos físicos que cada célula do grupo trouxe ao longo do processo de criação. Como essas partituras se reorganizam e alinham na passagem do chão para o ar, como esses corpos redefinem suas formas de comunicar, na mudança de gravidade, planos e apoios. O Espetáculo tem uma área de investigação na qual a presença do risco permanente atravessa o corpo dançante e acrobático em situações de desequilíbrio, suspensão, torções, queda e recuperação. É isso que veremos numa outra gravidade, a mostra resultante deste encontro, onde busca-se incessantemente intercambiar linguagens para criar um material cênico genuíno, uma linguagem crua, sem disfarce, sem amenização a percepção.
Estabilidades e desestabilidades se pronunciam em movimentos, como uma tradução desse processo de movimentos vertebrais, que determinam em qual direção vamos. Deslocamentos na procura pela estabilidade marcam momentos do espetáculo. Firmes como pedra e fluidas como agua, cada vértebra possui uma coluna e um sistema nervoso próprios. Cada vértebra com a força de um ser, sente, cheira, sofre. Vertebral alterna, desse modo, composições coletivas e sós, mudando e dinamizando a trama visual.
No Sesc Pompeia os artistas aéreos se apresentam a 40 metros do chão, na parede do prédio do Conjunto Esportivo.
Criado em janeiro de 2007, o Grupo ARES é um núcleo artístico de pesquisa e criação que tem como principal objetivo buscar a verticalidade em cena por meio dos mais diferentes aparelhos aéreos, unindo-os à dança, ao teatro físico e ao circo contemporâneo para a criação de espetáculos, performances e intervenções. A escolha de locais inusitados para a realização de suas apresentações também é uma forte característica do trabalho do grupo, que já aconteceu na fachada de prédios de São Paulo – e muitas outras cidades, em piscinas, galerias de arte, espaços públicos diversos, além de teatros convencionais. Dirigido por Monica Alla, o ARES conta com um elenco flexível, que pode mudar a cada proposta de criação.
As apresentações são gratuitas. Em caso de chuva, a apresentação será cancelada. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Ficha Técnica:
Direção artística e concepção: Monica Alla
Assistente de direção: Weidysan
Coreografia: Weidysan e Monica Alla
Direção técnica: André Fratelli
Trilha sonora original: Sérvulo Augusto
Desenho de luz: Gita Govinda e Lelê Justino
Intérpretes-criadores: Alan Quinquinel, Diego Oliveira, Dheborah Giorgia, Flor Reeves, Gita Govinda, Jacques Alejo, Joy Domingoz, Lana Borges, Laila Rebelo e Luciene Bafa
Stand-in: Ciro Italo e Sandra Miyazawa
Cantora: Lana Borges
Figurinos: Márcio Vinícius
Workshop de butô: Will Lopes
Apoio criativo e design gráfico: Flor Reeves
Técnicos: Eliezer Pedroso, Vagner Assalti e Edi Silva
Operador de luz: Lelê Justino
Fotos: Paulo Barbuto e Jean Cabral
Vídeo: Criando Imagem.
Assessoria de Imprensa: Luciana Cassas e Lica Nielsen
Produção: Regina Oliveira e Laila Rebelo.
Local: Deck