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População lota Câmara de Campinas contra projeto que ataca os professores e o ensino

By Carta Campinas / in Economia e Política, Manchete / on sexta-feira, 01 set 2017 10:27 AM / 4 Comments

A Câmara de Campinas ficou lotada na noite desta quinta-feira, 31 de agosto, em ato contra o projeto em tramitação na casa que ataca a atividade do professor e é considerado inconstitucional.

O projeto (PLO 213/2017 ) foi classificado como ‘deseducativo e autoritário em análise da Faculdade de Educação da Unicamp. Segundo os organizadores, cerca de 300 pessoas estavam do lado de dentro e cerca de 200 foram impedidas de entrar na Câmara, após a lotação.

O evento contou com a presença das professoras Dora Megid, diretora da Faculdade de Educação da PUC Campinas, e Ana Elisa Spaolonzi, representando a Faculdade de Educação da Unicamp.

O ato ‘Por uma escola democrática’ foi convocado pela “Frente Democrática”, formada pelos vereadores Gustavo Petta (PCdoB), Mariana Conti (PSOL), Pedro Tourinho (PT) e Carlão do PT. O evento aconteceu no plenarinho da Câmara Municipal, e debateu os riscos à liberdade de cátedra dos professores contidos no projeto de lei, que será votado na próxima segunda-feira (4). A votação vai ser importante para expor a face ideológica dos vereadores de Campinas.

O projeto que ataca a atividade do professor e o desenvolvimento do senso-crítico está ligado ao movimento evangélico-fundamentalista ‘Escola Sem Partido’

. Apesar de se autodenominar ‘escola sem partido’, o projeto é defendido por partidos políticos conservadores e grupos autoritários.  O programa ‘escola sem partido’ surgiu no bojo dos grupos que apoiaram o golpe parlamentar de 2016.

Ideológico e autoritário,  o projeto é contestado em várias frentes pelos setores jurídicos e democráticos da sociedade. Um estudo técnico da própria Coordenadoria de Apoio às Comissões da Câmara de Campinas afirma que o projeto é inconstitucional.

O fundador do movimento autoritário Escola “sem Partido”, o procurador de Justiça de São Paulo Miguel Nagib, é um dos criadores de modelos de notificações extrajudiciais disponibilizadas na internet para ameaçar professores e diretores de escolas.

Veja vídeo do evento:

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