Médicos residentes do Complexo Hospitalar do Ouro Verde decidiram entrar em greve a partir desta quarta-feira, 27 de setembro, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após a assembleia geral realizada neste segunda-feira, 25.
Entre as principais reivindicações dos residentes estão: o pagamento dos atrasados e a garantia que este atrasos não voltem a acontecer novamente; e a garantia de vínculo empregatício de preceptores (orientadores) de cada especialidade diretamente com a prefeitura. Segundo eles, está cada vez mais comum que médicos recém-formados darem preceptoria aos residentes.
Segundo Casemiro Reis, presidente do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região, o sindicato está acompanhando a situação de calamidade pública em que o Hospital Ouro Verde se encontra. “A greve dos residentes é mais uma prova de que é preciso fazer algo urgente para recuperar este hospital tão fundamental para a nossa cidade”, afirmou.
Na segunda-feira, 02 de outubro, os médicos contratados como PJ (Pessoa Jurídica) devem paralisar as atividades no Hospital Ouro Verde. O motivo são os três meses de atraso no pagamento.
De acordo com o Sindimed, vários médicos têm procurado o sindicato para denunciar que o hospital está em estado de calamidade pública com carência em todas as áreas. O tomógrafo está quebrado há mais de um ano. Além disso, faltam materiais básicos de trabalho, antibióticos e até produtos de limpeza, comprometendo a salubridade do local.
O Hospital Ouro Verde atende a maior região de Campinas e a população não imagina como sua estrutura é boa. No entanto a população também não acompanhou o processo de licitaçao envolvendo a escolha da empresa que iria administra-lo. Foi óbvio o direcionamento para uma empresa de fundo de quintal composta por pessoas conbecidas no meio médico como de mau caráter absoluto, sem experiência e capacidade para gerir um hospital daquele. Agora, o que está havendo é um HOLOCAUSTO. Não há medicamentos básicos e ha um calote generalizado em.medicos e demais profissionais da saúde, com impacto brutal em vidas que lá estão. Imaginem um hospital sem antibióticos. O CRM e o MP estao cientes, mas parecem nao ter armas: o que podem fazer? Fechar o hospital? A prefeitura e a Vitale estão abraçadas num jogo cínico de empurra empurra e a sociedade não pressiona. Os pobres qie dependem do hospital não tem voz. Caberia a imprensa um papel mais incisivo nesta mobilizaçao, começando com o entendimento real do problema