Por Susiana Drapeau
O professor história está em sala de aula e vai explicar sobre a escravidão.
Olha, os fazendeiros compravam os negros, que eram capturados na África, migrados, torturados, vendidos e forçados a trabalhar gratuitamente sob a mira de um revólver ou de um chicote. Se se recusasse, era torturado das formas mais perversas, chicoteado etc.
Mas veja, não podemos tomar partido. Nesse sentido, não podemos dizer que foi ruim para os escravos nem bom para os fazendeiros.
No nazismo, os judeus viam em placas pela cidade sobre o que podia ou não fazer, e depois foram presos, torturados, humilhados e mortos em câmara de gás.
Mas veja, não podemos tomar partido. Os nazistas tinham suas razões. Não foi ruim para os judeus serem humilhados e colocados em câmara de gás.
Aí o aluno levanta a mão e fala.
Fessora, uma vizinha minha que apanha do marido todos os dias foi morta por ele ontem. Ele deu tiros nela.
A professora respira e vai: veja bem, não podemos dizer que vivemos em uma sociedade machista porque seria tomar partido. Temos de ver o lado do assassino, ver o que ela fez. Veja, não podemos tomar partido.
Fessora, minha amiga foi estuprada na semana passada pelo amigo do irmão dela.
Veja, não podemos tomar partido, temos de ver o lado do estuprador e dela também. Veja não podemos tomar partido. Não podemos ensinar o que é melhor ou pior. Isso é tomar partido.
Assim como as placas para negros e judeus, escola sem partido quer espalhar placas pelas escolas. É semelhante ao que os nazistas fizeram com os judeus, os brancos fizeram com os negros e os judeus hoje fazem com os palestinos, ou seja, desrespeitar e cercear a liberdade.
A primeira coisa que a intolerância e o ódio fazem é colocar placas. Eu avisei…
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ESCOLA SEM PARTIDO
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Diga aos alunos que há religião
Mas não faça proselitismo
Diga que há cultura e tradição
Mas não estimule modismos
Diga que há partidos políticos
Com ideologias e princípios
Que formam as suas insígnias
Mas não transforme o espaço
Sagrado da escola em mastro
De bandeiras políticas.
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Diga que há diversidade
Nas preferências sexuais
Mas não induza a mocidade
A trair suas tendências naturais
Diga que há muitas fronteiras
Que transformam em estrangeiras
As pessoas de outras etnias
Mas não permita que os alunos
Construam altos muros
Com tijolos de xenofobia.
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Diga que há diferenças sociais
E de cor de epiderme
Que há doutores, intelectuais
E gente que nem escreve
Diga que há variadas raças
Mas não deixe que se faça
Escárnio com as diferenças
Porque é função da escola
Ensinar sem impor dogmas
Difundindo o saber e não as crenças.
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Eduardo de Paula Barreto
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com a atual educação que é passada para as crianças e jovens de hoje, graças aos tipos de políticas que ferram o trabalhador, que dirá colocando bitolas no ensino. os tipos de políticas impostas ao povo, ocorrem justamente porque a desinformação é proposital para nós povo, não reagirmos ao que nos prejudica. imagine vetando todo e qualquer colocação de debate sobre o que nos interessa e nos rodeia. e, é justamente o que querem com essa escola sem partido. que sejamos mansos, e não questionemos o que nos é passado. vide os políticos de hoje que dizem representar-nos no congresso nacional, nas assembleias legislativas e câmaras municipais. querem continuar ditando decisões em nossas vidas, sem que nos preocupemos com isso. não podemos deixar que isto ocorra. temos que reagir e muito forte já.
Vou ter que entrar em aula com o bigodinho do Hitler?