Para evangélicos, mulher é livre e escola deve ensinar respeito a homossexuais

Geddel, ex-ministro, em marcha para Jesus

Muito diferente das posições ultrarreacionárias dos milionários pastores do Brasil e da própria bancada evangélica na Câmara dos Deputados, os evangélicos mostram uma posição política mais avançada e respeitosa em relação à mulher e aos homossexuais.

Isso é o que  mostrou uma pesquisa da USP (Universidade de São Paulo) e da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que entrevistou participantes da Marcha para Jesus em 17 de junho, durante o feriado de Corpus Christi.

Políticos como Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Temer que está preso pela Polícia Federal por corrupção, também se aproxima de evangélicos para obter votos. (foto)

Os resultados mostraram que os participantes não se identificam com a polarização política, ao mesmo tempo respeitam temas sobre os direitos da mulheres e lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT) – posicionamento contrário ao da bancada evangélica no Congresso.

Os resultados também apontaram que 77% concordaram que a escola deveria ensinar a respeitar os homossexuais. No que se refere ao direito feminino, 76% dos entrevistados concordam que a mulher deve usar a roupa que quiser e 64% concordam que a mulher pode transar com quem ela quiser.

Segundo os pesquisadores, apesar do perfil conservador do grupo para alguns aspectos, as respostas não foram muito diferentes das encontradas na população brasileira.

A pesquisa entrevistou 484 participantes maiores de 16 anos (com margem de erro de 5%). O levantamento foi coordenado pelos pesquisadores Esther Solano (Unifesp), Marcio Moretto Ribeiro (USP) e Pablo Ortellado (USP), com apoio da Fundação Friedrich Ebert Brasil. (Carta Campinas com informações da FPA)


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