Por Maria Carolina Meres Costa
Com o meu primeiro filho eu tive muita dificuldade para amamentar. Muitas e muitas fissuras, dor e frustração. Fui até 6 meses e achei, na época, que foi muito! Na gestação dos gêmeos eu estava determinada a amamentar sem complemento. Não comprei nenhuma mamadeira. Nenhuma lata de leite artificial. Li muito! Conversei com outras mulheres, pesquisei e me preparei com muita informação.
Não encontrei muita coisa para amamentar gêmeos, mas os relatos das mães que conseguiram, me incentivaram e eu tinha certeza que era possível! Mas ninguém me contou do cansaço! Cada mãe tem uma dificuldade (ou nenhuma) no início da amamentação.
Eu tive mamilos sensíveis, um dos bebês mais preguiçoso, medo de não ter leite suficiente, medo de ser muito radical por me recusar a dar logo uma mamadeira, dentre outros muitos medos. Mas o que realmente pegou por aqui, foi o cansaço. Sono! Muito sono! Como consegui?
Não sei, mas acredito muito no incentivo das profissionais que me acolheram e, principalmente, do meu marido. Ele também estudou e sabia que eu precisaria de todo apoio possível: Colocava comida na minha boca, quando eu estava com as mãos ocupadas. Mantinha minha garrafinha de água sempre cheia. Me ajudava a colocar os bebês na almofada. Sempre esteve comigo nas madrugadas (até hoje!), fazia tudo em casa. Eu, “””só””” amamentava.
E não tivemos grandes problemas. Logo os mamilos sararam, os bebês aprenderam a mamar com eficiência e a produção estava excelente! Só tinha a exaustão! Dormindo no máximo 3 horas seguidas (e ficava feliz quando conseguia), eu não tinha paciência pra mais nada e pra mais ninguém (risos). Mas a força surge, não sei de onde (amor?), e conseguimos passar pelos 6 primeiros meses com muito sucesso! Bebês com quase 8kg e eu doava 1 litro do leite materno ao banco de leite por semana. (Amamentar gêmeos e ainda doar leite! Yes, we can!)
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