O ex-senador e procurador de Justiça, Demóstenes Torres (GO) já recebeu R$ 2,6 milhões sem trabalhar, considerando-se o salário de procurador mais os benefícios como gratificações natalinas e férias, além de indenizações e outros pagamentos extras. Uma média de R$ 45 mil por mês, segundo informou reportagem da Fabiana Pulcineli do Congresso em Foco.
Apesar de ter sido flagrado em atos de corrupção com provas, a justiça considerou nulos os grampos telefônicos do escândalo Carlinhos Cachoeira. Demóstenes agora vai pedir ao Senado para que anule sua cassação por envolvimento com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Inelegível até 2027, o ex-senador quer retomar o direito de se candidatar já em 2018 a uma vaga na Câmara dos Deputados. Em 2014, Gilmar Mendes devolveu o cargo a Demóstenes.
A reportagem ainda anota que ” ele coleciona poucos desafetos na política em Goiás. O principal é o senador Ronaldo Caiado (DEM), que sucedeu Demóstenes como uma das principais vozes da oposição ao PT no Senado. O ex-senador, que era considerado afilhado político de Caiado, rompeu o silêncio que durou quase três anos em um artigo publicado no jornal Diário da Manhã, em março de 2015, com ataques ao ex-padrinho político. Ele acusou o atual líder do DEM de fazer parte da rede de amigos de Cachoeira, sugerindo que ele havia recebido dinheiro do contraventor. E envolveu até o presidente nacional do DEM, José Agripino Maia (RN). O artigo, em tom agressivo, foi uma resposta à entrevista de Caiado à revista Veja, em que dizia que Demóstenes era a grande decepção em sua vida e “um traidor”. (Veja texto completo)
Este é o verdadeiro Brasil, onde os meliantes da elite oligárquica e proto-fascista não são condenados e quando o são logo arranjam um magistrado para contorcer a lei e reabilitá-los.
O país da impunidade, ontem, hoje e sempre e onde o crime da Casa Grande compensa, já o da Senzala merece a mais dura condenação além de degradação nas masmorras oficiais sem que a sociedade se indigne.