Para ela, o projeto leva a habitação popular para áreas distantes, sem infraestrutura adequada e vai piorar a qualidade de vida da população. “A gente tem clareza de que não são todos os lugares da cidade que são adequados para receber um contingente de uma população de baixa renda que precisa ter acesso a um transporte público, que precisa ter uma escola próxima”, afirma.
Uma das críticas da urbanista é o argumento defendido pelo Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Carlos Augusto Santoro, de que a Macrozona de Desenvolvimento Ordenado resolveria o crescimento da cidade para atender o déficit habitacional que chega a 35 mil famílias na fila de espera no cadastro da COHAB (Companhia de Habitação Popular).
Para Eleusina, é necessário resolver os problemas habitação popular na cidade, mas é contra a macrozona de desenvolvimento ordenado. Se não tem essa infraestrutura urbana nas áreas de habitação popular, o município terá de pagar essa conta.
Eleusina foi uma das coordenadoras do estudo Plano Municipal de Habitação, realizado em 2011. Esse estudo apresentou um diagnóstico da situação habitacional e indicou terras vazias aptas a receber Habitação de Interesse Social, mas esse levantamento está sendo ignorado pela Prefeitura. “Falta uma política de terras, de controle da valorização da especulação de terrenos vazios na cidade. O que a Prefeitura deveria ter é uma política de urbanização de favelas e priorização da Regularização Fundiária”, afirma.
Veja vídeo abaixo da Minha Campinas:
Veja mais:
Novo Plano Diretor de Campinas poderá promover a farra da especulação imobiliária
As contradições do Plano Diretor de Campinas já foram apontadas em artigo.