O Jardim dos Finzi-Contini, de Vittorio de Sica, marcou o retorno internacional de um diretor que nunca tinha deixado de trabalhar, mas cuja fama tinha decaído desde os tempos de obras-primas neo-realistas, como Ladrões de Bicicleta (1948). A sua história, adaptada do romance de Giorgio Bassani, sobre os judeus italianos que lentamente se adaptam à opressão fascista que estava próxima, chamou a atenção de um público dos anos 70 que apreciava o ressurgimento de temas políticos e históricos no cinema de arte. Vencedor do Oscar de Melhor Filme de Estrangeiro e Urso de Ouro no Festival de Berlim. Direção de Vittorio de Sica. Com Uno Capolicchio, Dominique Sanda, Fabio Testi, Romolo Valli, Helmut Berger. Itália/Alemanha, 1970. Colorido, 94 min.
“O Jardim dos FinziContini”, publicado em 1963, é uma comovente história sobre a Itália dos anos 1920 e 1930, quando o regime fascista invade e se apodera da vida cotidiana dos italianos. O narrador faz visitas constantes ao jardim murado dos Finzi-Contini, uma conhecida família de judeus ricos e cosmopolitas. A cidade é um dos principais baluartes do fascismo, mas essa dramática ironia é ignorada pelo narrador: idolatrando a excêntrica família, ele se deixa absorver cada vez mais pelos prazeres do jardim, alheio aos tenebrosos acontecimentos externos.
A exibição é gratuita e seguida de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Local:
Museu da Imagem e do Som de Campinas
Palácio dos Azulejos
rua Regente Feijó, 859
Centro