O Conselho Universitário (Consu) da Unicamp aprovou na tarde desta terça-feira (30) a formação de um Grupo de Trabalho (GT) que se encarregará de discutir uma proposta de implementação progressiva das cotas étnico-raciais, complementada por critérios adicionais. A medida vai valer para para ingresso nos cursos de graduação da Universidade a partir de 2019.
De acordo com a decisão, o grupo ficará encarregado de elaborar relatório que será debatido nas unidades de ensino e pesquisa e nos órgãos colegiados específicos, antes de seguir para decisão final do Consu, em novembro deste ano.
Além de definir que modelo o sistema de cotas terá, o grupo também apresentará sugestões para a formulação de um programa de permanência estudantil que ofereça suporte socioeconômico e acadêmico aos estudantes que apresentarem necessidades dessa natureza, como a concessão de bolsas moradia, transporte, alimentação, além de auxílios psicológico, pedagógico e acadêmico.
O reitor Marcelo Knobel classificou como histórica a aprovação do princípio das cotas. “Nosso esforço será no sentido de fazer com que a sociedade esteja representada na Universidade”, afirmou.
A posição do Consu foi comemorada pelos movimentos sociais e estudantil que se concentraram, durante a votação, do lado externo do prédio onde está localizada a sala do órgão.
Para Knobel, a implantação das cotas étnico-raciais atenderá a uma demanda histórica dos movimentos sociais, proposta que já estava contida no seu programa de gestão aprovado pela comunidade universitária. “Penso que esta é uma das maneiras de aproximar a Universidade da sociedade. Temos que procurar estabelecer um diálogo transparente com a sociedade e, na medida do possível, dar respostas às suas aspirações”, disse o reitor. (Carta Campinas com informações de divulgação)
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