O tenente-coronel da PM Alessandri da Rocha ao defender seu colega de farda, o capitão Augusto Sampaio, que quebrou o cassetete na cabeça de Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, durante um protesto na greve geral no fim de abril, em Goiânia justificou da seguinte forma:“a agressão seria evitada se não tivessem terroristas protestando”.
Mateus sobreviveu ao ataque, passou por uma cirurgia para reconstruir ossos da face, e Sampaio segue a sua vida apoiado por seus compadres de farda.
Segundo reportagem do The Intercept Brasil, os PMs Alessandri e Sampaio têm mais coisas em comum do que a farda: uma vida “interessante”, cheia de processos e acusações.
“Alessandri da Rocha Almeida, que atualmente preside a Associação dos Oficiais da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (Assof PM-BM), é acusado de duplo homicídio junto com seu primo, Frederico da Rocha Talone. Vinte anos depois de serem acusados de matar a facadas Martha Maria Cozac (44) e seu sobrinho, Henrique Talone Pinheiro (11), eles foram absolvidos pelo por 4 x 3 pelo Tribunal do Júri em agosto passado. O Ministério Público pede a anulação do julgamento e uma nova sessão”, anota a reportagem.
A prisão preventiva de ambos chegou a ser decretada em dezembro de 2010, mas eles não chegaram a ser presos.
Além disso, o nome de Alessandri voa alto. Aparece inclusive na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington.
Isto por causa de sua ação na desocupação de uma área particular do Setor Parque Oeste Industrial, em Goiânia, em fevereiro de 2005, que resultou em dois mortos, 14 feridos e 800 detidos. A desocupação é classificada como uma das maiores já feitas no país, com 1800 policiais. A investigação da Polícia Civil identificou Alessandri como autor de uma execução sumária e policiais que estavam sob seu comando, de terem tentado matar outras três pessoas durante a desocupação. À época, Alessandri era capitão. Além da acusação, o PM Alessandri já foi preso em uma operação contra grupo de extermínio em Goiás. (Veja Reportagem Completa)
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