Com o apoio da tropa de choque que defendia o presidiário e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), liderada pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já arquivou cinco dos oito pedidos de impeachment contra Michel Temer (PMDB-SP) que deram entrada na Casa.
Marun tem dado entrevistas para as TVs defendendo Michel Temer e chegou a querer a opinião dos empreiteiros presos na Lava Jato para rever a lei de licitações. Ele também é o relator da reforma da previdência que praticamente extingue o direito à aposentadoria da população mais pobre do Brasil.
Rodrigo Maia também é investigado pela suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, foi citado por vários delatores da empreiteira Odebrecht como sendo beneficiário de propinas pagas pela construtora.
Os arquivamentos, segundo relata a coluna do jornalista Ricardo Noblat, teriam sido motivados pela precariedade das ações, que teriam sido baseadas apenas em recortes de jornais. Os outros três pedidos também devem seguir o mesmo caminho, mas necessitarão de uma análise mais acurada por terem maior embasamento jurídico.
Nesta semana, contudo, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) dever ingressar com um pedido de impeachment contra Temer, o que deverá demandar mais trabalho por parte de Maia, caso opte pelo arquivamento. (247; edição Carta Campinas)