A chacina na Gleba Taquaruçu, que matou 9 trabalhadores, atinge longa luta por terra e produção cooperada. Mas não é exceção: no ano do golpe, a violência contra agricultores atingiu seu pico
Nota da Prelazia de São Félix do Araguaia
A Prelazia de São Félix do Araguaia, em reunião com suas/seus agentes de pastoral, seu bispo dom Adriano Ciocca Vasino e o bispo emérito dom Pedro Casaldáliga, na cidade de São Félix do Araguaia – MT, manifesta sua dor, indignação e solidariedade com as famílias assassinadas na Gleba Taquaruçu, município de Colniza – MT, no dia 20 de abril.
Este massacre acontece num momento histórico de usurpação do poder político através de um golpe institucional, com retrocessos tão graves na perda de direitos fundamentais para o povo brasileiro que coloca o governo do atual presidente Temer numa posição de guerra contra os pobres. Isso reflete-se de forma concreta em projetos como as Medidas Provisórias 215 e 759, que violam direitos dos povos do campo e comunidades tradicionais, como também no acirramento do cenário de violações contra as/os defensores de direitos humanos. Diversos políticos expõem abertamente seus discursos de ódio e incitação à violência contra as comunidades que lutam pelos seus direitos. Vivemos um clima de “Terra sem lei”, uma verdadeira guerra civil em nosso país.
Como consequência, 2016 foi o ano mais violento dos últimos treze, apontando para uma perspectiva desoladora no campo. E esta situação de Colniza, onde assassinaram inclusive crianças, nos expõe aos objetivos de ruralistas, que não temem nada para conseguir as terras que buscam.
As famílias de agricultores da Gleba Taquaruçu vêm sofrendo violência desde o ano de 2004. Neste período, em decisão judicial, a Cooperativa Agrícola Mista de Produção Roosevelt ganha reintegração de posse concedida pelo juiz de Direito da Comarca de Colniza, como anunciada na Nota da Comissão Pastoral da Terra, de 20 de abril daquele ano. Em 2007, ao menos 10 trabalhadores foram vítimas de tortura e cárcere privado e três agricultores foram assassinados.
Como estarão, neste momento, as famílias que vivem em Colniza? O município já foi considerado o mais violento do país. Sabemos que na região existem outros conflitos de extrema gravidade, como o da fazenda Magali, desde o ano 2000, e o conflito na Gleba Terra Roxa, desde o ano de 2004. A população teme que outros massacres possam acontecer.
Clamamos justiça e que os autores desses crimes sejam processados e punidos. A impunidade no campo, fruto da omissão dos órgãos públicos, perpetua a violência.
Na semana em que lamentamos o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1997, que vitimou 19 lutadoras e lutadores do povo, somos surpreendidos por outro massacre no campo, que quer amedrontar, calar as vozes e submeter a dignidade do povo brasileiro.
Temos a certeza que o massacre ocorrido jamais roubará os sonhos e as esperanças do povo. E jamais calará a voz das comunidades que lutam. O sangue dos mártires será sempre semente de justiça e vida! (Do Outras Palavras)
QUE COMEÇA A GUERRA AO AGRONEGÓCIO , A LATIFUNDIÁRIOS , FAZENDEIROS E A GRANDE AUTOMAÇÃO , MAS É PÁRA POR NELES E PARA MOER MESMO SEM DÓ E PIEDADE , DEPUTADOS ENVOLVIDOS , FAZENDEIROS E TAMBÉM PISTOLEIROS E PARA POR PARA QUEIMAR VIVOS MESMO , SEM DÓ E PIEDADE , VAMOS REVERTES ESTE QUADRO DE INJUSTIÇA DO USURPADOR TEMER E SUA CORJA DE MALANDROS EM BRASÍLIA , MAS É PARA POR PARA DOER MESMO NESTA TURMA .