Apenas dois meses após a maior chacina de mulheres de Campinas, o principal espaço democrático da cidade, a Câmara de Vereadores, faz um silêncio ensurdecedor sobre o feminicídio.
Os vereadores vão lembrar o Dia Internacional da Mulher, que é comemorado no dia 8 de março, apagando da memória as mulheres mortas na chacina.
Na programação da Câmara, “dicas de segurança”, “doenças sexuais” e “alimentação saudável”. Faltou aula de crochê ou, pelo menos, uma dica de segurança para se proteger de ex-marido, ex-namorado etc. (Veja a programação mais abaixo)
A Câmara de Vereadores parece que já esqueceu que na madrugada de domingo (1º de janeiro de 2017), em Campinas, 9 mulheres foram assassinadas em uma chacina com 12 vítimas, sendo uma criança.
Entre as mulheres assassinadas estavam: a ex-esposa do assassino, Isamara Filier, e mais: Liliane Ferreira Donato, Alessandra Ferreira de Freitas, Antonia Dalva Ferreira de Freitas, Abadia das Graças Ferreira, Ana Luzia Ferreira, Larissa Ferreira de Almeida, Luzia Maia Ferreira e Carolina de Oliveira Batista.
A programação, que será realizada no plenário da Câmara Municipal no dia 8 de março, a patir das 14h30, foi elaborada pela Elecamp (Escola do Legislativo de Campinas) em parceria com o gabinete do vereador Fernando Mendes (PRB). Veja a programação:
Segurança da Mulher
A exposição do tema será feita pelas palestrantes convidadas : Ten. Cel. Carla Danielle Basson Niglia e a delegada Maria Helena Jóia.HPV e prevenções
A preocupação sobre o assunto será tratado pela dra. Sophie Françoise Maurizette Derchain, médica ginecologista e profa da Unicamp, com destaque sobre a necessidade das prevenções.Alimentação Saudável
Com a orientação da nutricionista Dra. Laís G. Maurício, os presentes receberão dicas de como elaborar uma alimentação saudável .Encerramento com Música
O encerramento do evento será às 17 horas com a apresentação do coral “New Voices Choir”.Dia Internacional da Mulher
8 de março de 2017
Plenário da Câmara Municipal
Horário: das 14h30 às 17h
Essa tragédia será para sempre lembrada como triste lição do poder destrutivo da alienação parental…