O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Júnior, afirmou em seu acordo com a Lava Jato que se reuniu com Aécio Neves (PSDB), quando este era governador de Minas Gerais para tratar de um esquema de corrupção em licitação na obra da Cidade Administrativa e para favorecer grandes empreiteiras.
A obra, inicialmente prevista para custar R$ 500 milhões, acabou saindo por R$ 2,1 bilhões.
As informações são mais um vazamento e estão em reportagem de Bela Megale, Marina Dias e Mario Cesar Carvalho na Folha de S.Paulo.
Empresas teriam repassado cerca de 3% em propinas para o tucano, o equivalente a R$ 63 milhões. Além de Benedicto Junior, o superintendente da Odebrecht em Minas, Sergio Neves, também confirmou o acordo de corrupção. De acordo com a reportagem, o ex-executivo da Odebrecht afirmou que o próprio Aécio decidiu quais empresas participariam da licitação para a obra.
Em vez de investir em saúde e educação, Aécio deu prioridade a construir um grande prédio para a burocracia do Estado. Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), a Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, custou R$ 2,1 bilhões em valores da época. Foi inaugurada em 2010, último ano de Aécio como governador, sendo a obra mais cara do tucano no governo de Minas.
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