Os números foram apresentados durante encontro estadual sobre Arboviroses, com a participação de prefeitos e secretários municipais da saúde de todos os municípios do estado, na capital paulista.
De acordo com a secretaria, há 17 casos de pessoas que foram ou estão sendo tratadas por suspeita de febre amarela silvestre. Dessas, quatro são do interior do estado e as demais de Minas Gerais, Pará e Amazonas. No ano passado, foram confirmados duas mortes: uma em Bady Bassit e outra em Ribeirão Preto.
O objetivo da reunião foi o de reforçar e aprimorar estratégias de prevenção e enfrentamento à dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Foram discutidas ainda ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor dessas doenças.
Segundos os dados, o número de casos de dengue caiu 76,3% em 2016, em comparação com o ano anterior. No ano passado foram confirmados 162.053 casos da doença no estado. Em 2015, o número total de casos foi de 684.360. O número de mortes passou de 488 em 2015 para 97 em 2016, o que representa uma queda de 80%. Na primeira quinzena de 2017, foram confirmados 23 casos e não houve mortes.
No caso da chikungunya foi confirmado um caso autóctone neste ano, enquanto em 2016 foram 1.084, entre autóctones e importados. Não há nenhum caso de vírus Zika registrado em 2017 e foram registrados 4.086 casos da doença em 2016.
“Contamos com duas situações diferentes. Uma é a febre amarela para a qual temos uma vacina competente, mas que tem efeitos adversos e tem que ser muito bem pesado a quem aplicar a vacina. Para as outras três arboviroses não temos vacina. A vacina que estamos testando está indo muito bem já com quase 5 mil voluntários vacinados. Essa reunião foi fundamental para mostrar que não podemos arredar os esforços no embate contra o Aedes”, disse o secretário estadual de Saúde, David Uip.
De acordo com Uip, além dos quatro arbovírus a nova preocupação do governo estadual é com a gripe aviária. “O Zika eu continuo achando que é um temporal que vai passar, mas ele preocupa muito porque atinge a mulher e o recém-nascido e transforma o doente em crônico. A febre amarela, conhecemos há anos e não temos febre amarela urbana desde 1942. Com relação à febre amarela silvestre pedimos mais doses da vacina para São Paulo, e vigiamos o macaco”.
Segundo Uip, a vacina contra a febre amarela é totalmente segura e devem ser vacinadas as pessoas que residem em municípios próximos às matas ou que vão para áreas endêmicas ou epidêmicas. É preciso ainda ter cuidado e evitar a vacina em pessoas acima de 60 anos ou abaixo de nove meses, grávidas e pacientes com baixa imunidade.
O secretário de Saúde reforçou ainda que as principais estratégias são manter os agentes sanitários voluntários, ampliar as parcerias com as instituições públicas e privadas, escolas e igrejas, capilarizando o que é preciso fazer para a prevenção. “Estamos recomendando claramente quem deve ser vacinado. Conclamamos os prefeitos que chamem essas pessoas que moram em áreas de mata a tomarem a vacina.” (Agência Brasil)