A Organização Social (OS) Pró-Saúde comunicou que registrou Boletim de Ocorrência contra Prefeitura de Sumaré nesta quarta-feira, 11 de janeiro.
No boletim, a organização relata a situação do contrato firmado com a Prefeitura de Sumaré para a gestão da UPA 24h Macarenko e do PA Matão e a dívida da Prefeitura com a Pró-Saúde de aproximadamente R$ 10,6 milhões.
Esse seria o motivo de falta de atendimento à saúde da população.”Hoje, faltam recursos financeiros para o pagamento dos serviços médicos, funcionários das unidades, fornecedores e compra de insumos básicos. Por esse motivo, o atendimento segue restrito aos casos de urgência e emergência. Para se ter uma ideia da dificuldade em receber, a Pró-Saúde informou no BO que o pagamento relativo ao mês de setembro de 2016 foi realizado pela Prefeitura em dez datas diferentes, entre 26/10/2016 e 27/12/2016″, anotam a organização.
Ainda segundo a Pró-Saúde, o último recurso que recebeu da Prefeitura foi em 29/12/2016, no valor de R$ 320.380,00, dinheiro utilizado para o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário dos funcionários.
Ainda no Boletim de Ocorrência, a Pró-Saúde também relata um encontro ocorrido em razão da mudança de comando da Prefeitura. Até o final do ano, a administração municipal era comandada por Cristina Carrara (PSDB)
Segundo a organização, o contrato de gestão entre a Prefeitura de Sumaré e a Pró-Saúde foi firmado em agosto de 2014, válido por 60 meses, a um custo mensal de R$ 3,2 milhões. Em agosto de 2016, houve uma revisão contratual e o novo valor foi atualizado para R$ 3,6 milhões mensais. “Porém, os pagamentos nunca foram cumpridos, conforme previa contrato. Do início do contrato de gestão até dezembro de 2016, a UPA 24h Macarenko realizou 361.741 atendimentos. No PA Matão, durante o mesmo período, foram realizados 225.465 atendimentos. A média de satisfação dos usuários nas unidades foi de aproximadamente 90%”,anotaram.