Em São Paulo – O monólogo Se Eu Fosse Iracema, de Fernando Marques, poderá ser visto no Auditório do SESC Ipiranga até o dia 12 de fevereiro, com sessões às sextas-feiras, às 21h30, aos sábados, às 19h30 e aos domingos, às 18h30.
A montagem, dirigida por Fernando Nicolau, propõe um olhar sobre o universo indígena brasileiro, transitando entre a tradição e sua situação atual.
O espetáculo usa referências que vão de mitos e rituais de várias etnias originárias do país a aspectos como a demarcação de terras e outros direitos fundamentais, muitas vezes negligenciados.
A atriz Adassa Martins interpreta vários personagens – como uma criança, um adolescente, uma mulher adulta e um pajé – em guarani e em uma língua inventada por ela a partir de fonemas falados por diferentes tribos.
A ideia da peça surgiu depois do diretor ter lido uma carta escrita pelos índios da etnia guarani kaiwoá em 2012. Os membros da tribo diziam que prefeririam ter suas mortes decretadas a perder suas terras.
Algumas referências utilizadas na construção do espetáculo foram os filmes “Índio cidadão?”, de Rodrigo Siqueira; “Belo Monte, Anúncio de uma guerra” e “A lei da água”, de André D’Elia, além do livro “A queda do céu – Palavras de um xamã yanomami”, de Davi Kopenawa e Bruce Alber. Também foram estudadas obras de Darcy Ribeiro, Alberto Mussa, Betty Mindlin e Manuela Carneiro da Cunha.
O espetáculo faz parte da programação do “Teatro Mínimo”, uma série de espetáculos intimistas, preferencialmente monólogos, baseados essencialmente no trabalho de interpretação do ator, trazendo textos de autores consagrados e de novos dramaturgos que tenham como foco o trabalho de expressividade do intérprete.
Os ingressos variam de R$ 6,00 a R$ 20,00 e podem ser adquiridos pelo Portal do SESC ou nas Unidades. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Intérprete: Adassa Martins. Dramaturgia: Fernando Marques
Direção: Fernando Nicolau. Duração: 60 minutos. Auditório (30 lugares).