O uso do telefone celular se consolida como o principal meio para acessar a internet no Brasil. É o que mostra o Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, divulgado hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano passado, 92,1% dos domicílios brasileiros acessaram a internet por meio do telefone celular, enquanto 70,1% dos domicílios o fizeram por meio do microcomputador. Em 2014, o acesso à internet (80,4% dos domicílios) por meio do celular também foi predominante em relação ao uso do computador (76,6% dos domicílios).
“É interessante observar que o computador tem perdido espaço nessa utilização da internet enquanto outros equipamentos têm ganhado relevância. O acesso pelo telefone celular vem ganhando mais importância frente ao meio mais tradicional, que era o microcomputador”, comentou a pesquisadora do IBGE Helena Oliveira Monteiro. “Em 2015, verificamos pela primeira vez uma redução em termos absolutos no número de domicílios que acessaram a internet por meio de microcomputador, passando de 28,2 milhões de domicílios, em 2014, para 27,5 milhões, em 2015.”
Em 2015, todas as regiões passaram a navegar na rede mais pelo celular. A Região Norte apresenta o maior percentual de domicílios que usam o telefone celular para acesso à internet (96,7%), seguida do Centro-Oeste (95,6%), do Nordeste (93,9%), do Sudeste (91,5%) e do Sul (88,2%).
No Pará, 66,1% dos domicílios usaram somente o telefone celular ou tablet para acessar a internet. É o maior percentual entre as unidades da Federação.
A pesquisadora do IBGE diz que o fato de o acesso à internet móvel ser mais barato do que a internet fixa é uma das razões de o celular predominar no Norte do país. Outro motivo é a infraestrutura. “A Região Norte tem uma dificuldade maior em passar cabo, o que poderia aumentar essa proporção de acesso à banda larga fixa”, destaca Helena.
Uso da internet
No ano passado, o percentual de pessoas que acessaram a internet alcançou 57,5% da população de 10 anos ou mais de idade, o que corresponde a 102,1 milhões de pessoas. O contingente formado pelos jovens de 18 ou 19 anos teve a maior proporção (82,9%). Em todos os grupos compreendidos na faixa de 10 a 49 anos de idade, o uso da internet ultrapassou 50%, mostra a pesquisa.
A utilização da internet mostrou relação direta com os anos de estudo, indicando proporções crescentes entre os mais escolarizados. O maior percentual de acesso à internet foi observado na população com 15 anos ou mais de estudo (92,3%).
Em 2015, a internet foi usada por 79,8% dos estudantes e 51,7% dos que não estudam. Alunos da rede privada (97,3%) acessaram mais internet do que os da rede pública (73,7%).
Pessoas que trabalham em educação, saúde e serviços sociais foram as que mais usaram internet: 87,1% contra quem trabalha no serviço agrícola, com 16,8%.
Quanto maior o rendimento, maior a utilização da internet: 92,1% das pessoas que ganham mais de 10 salários mínimos acessaram a internet contra 32,7% das pessoas sem rendimento ou que ganham até um quarto do salário mínimo. (Ana Cristina Campos – Ag. Brasil)
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PAPAGAIOS
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De onde vêm as opiniões
Que formam as nossas crenças?
Virão de outras dimensões
Ou surgirão em nossa cabeça?
Ninguém nasce convicto
Acerca dos mais íntimos
Credos e ideologias
Adotamos como verdade
Aquilo que a sociedade
Prega no dia a dia.
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Os meios de comunicação
Fingindo atitude equânime
Propagam uma única visão
Como sendo opinião unânime
Sem permitir ao ignorante
Ter acesso a outras fontes
Para ser o seu próprio juiz
E ao ser manipulado
Deixa de ser animado
Para ser mais um zumbi.
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Muito do que cremos
Surge como resultado
Das analises que fazemos
Sem sermos condicionados
Mas diante de temas complexos
Surge a preguiça de intelecto
E sem nos darmos conta
Passamos a ser papagaios
Que repetem os noticiários
E consomem opiniões prontas.
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Eduardo de Paula Barreto
22/12/2016
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Obrigado pelo comentário
Publicamos como post.
Penso que uma das principais razões é que a banda larga não chega a tantas localidades. A obrigação contratual da universalização é descaradamente descumprida por essa máfia de operadoras, além de tantas outras. Moro em local de classe média alta numa capital de estado. Como são em maioria residências, com baixa densidade populacional, e essas operadoras só visam maximizar seus lucros já desmedidos, não se intyeressam em instalar a infraestrutura necessária. Serviço público essencial, universalização, preços módicos, qualidade, etc., etc., tudo balela que a “fiscalizadora” anatel ignora solenemente.
Agora imagine a situação em bairros mais carentes…Taí o resultado da privataria, o maior escândalo de corrupção da república.