A defesa do ex-presidente Lula vai levar à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) o embate travado com o juiz Sergio Moro durante a audiência do caso triplex que ouviu o testemunho de José Afonso Pinheiro, ex-zelador do Condomínio Solaris. A Lava Jato afirma que Lula tem um apartamento no Guarujá pago pela OAS como uma forma de propina disfarçada.
Na audiência, o ex-zelador estava exaltado e se dizia prejudicado pela crise econômica criada pelo governo do PT. Ele disse que se viu obrigado a entrar para a política e concorrer a vereador em Santos após ter sido demitido do Condomínio Solaris. Ele se sentiu intimidado pela tentativa do advogado Cristiano Zanin de demonstrar que a testemunha tirava vantagem política do caso triplex, e reagiu xingando a defesa e o PT de “um bando de lixo”.
Moro pediu calma e objetividade nas respostas de Pinheiro, mas durante a audiência acabou sendo conivente com os ataques da testemunha, impedindo que Zanin fizesse mais perguntas sobre a posição política do ex-zelador. Ao final, Moro também pediu desculpas pela linha “ofensiva” que a defesa de Lula teria adotado. Sobre o “bando de lixo”, porém, Moro disse que se tratou de “um pouco de excesso” da testemunha.
Quando o áudio da audiência foi encerrado, Moro ainda ironizou a defesa de Lula. “Vamos ver se não vai sofrer queixa-crime, ação de indenização, a testemunha, né, por parte da defesa.”
Zanin, segundo relatos da jornalista Mônica Bergamo, respondeu: “Quando as pessoas praticam atos ilícitos elas respondem por seus atos. Eu acho que é isso o que diz a lei.”
Moro perguntou se a defesa vai entrar com queixa-crime contra a testemunha, e Zanin replicou: “O senhor está advogando para a testemunha?”
O juiz seguiu: “Não sei, a defesa entra [com ação] contra todo mundo, com queixa-crime, indenização”. Zanin rebateu: “Eu acho que ninguém está acima da lei. Da mesma forma como as pessoas estão sujeitas a determinadas ações, as autoridades também devem estar”.
“Tá bom, doutor. Uma linha de advocacia muito boa”, finalizou Moro, ao que Zanin respondeu: “Faço o registro de Vossa Excelência e recebo como um elogio.”
Em nota à imprensa, Zanin disse que um “juiz imparcial jamais teria ouvido José Pinheiro como testemunha porque, como filiado a partido político e candidato a vereador em Santos, ele fez campanha usando dos fatos em discussão no processo.”
Além disso, “diante de perguntas objetivas e feitas em tom cordial”, Pinheiro respondeu “com insultos a Lula e a mim como seu advogado, ao mesmo tempo em que fazia declarações de cunho subjetivo e sem qualquer valor jurídico”, e Moro permitiu todas essas situações.
“O mais grave ainda é que o juiz do caso, além de pedir “desculpas” à testemunha após ela agir dessa forma desrespeitosa, ainda lançou a mim descabidas provocações após o áudio da audiência ser desligado. O assunto e as provas correspondentes serão encaminhados à OAB para as providências cabíveis.” (Do GGN)
Ouça o áudio:
Ainda há quem tenha dúvida da escandalosa parcialidade desse inquisidor barato?
Começo a dar razão à Lula, este juíz-do-psdb deve ser afastado das causas e processado.
Esse Advogado é espetacular, atingiu o Cerne do Psicopata que se acha acima de tudo.
Deixa ver se entendi.
1 – Esta pessoa ouvida na qualidade de testemunha, se vira no meio da audiência, diz que os réus são um bando de lixo pelo que fizeram e estão fazendo com nosso país, ou seja, só nisto já demonstra total parcialidade que proibiria o juízo de ouvi-lo;
2- Sou advogado e quando vejo advogados serem marginalizados, me revolta, seja na agressão de sua honra e decoro, seja na forma nada profissional como o magistrado age com a defesa agindo como se fosse o Ministério Público, desrespeitando o contraditório e ampla defesa, seja na espetaculização do Ministério Público;
3 – Neste caso específico, ainda vislumbrei crime de injúria da testemunha para com os advogados e para com os réus (afinal ele generalizou), e possível crime de prevaricação do magistrado e do membro do ministério público já que o fato ocorreu em flagrante delito inclusive;
4 – Ao final ainda o magistrado demonstrando total parcialidade e desrespeito com a defesa, sabendo do crime cometido pela testemunha (isso fica claro no áudio), constrange a defesa e fica questionando se os advogados irão ingressar judicialmente contra aquele que praticou crime de injúria contra eles, atingindo ao meu ver toda a advocacia com a malfadada frase (aliás o advogado teve classe e respeito mesmo sendo atacado);
5 – Outro ponto não menos importante, foi o comentário do ministério público, dando razão ao crime de injúria praticado pela testemunha.
Conclusão: Os valores estão tão invertidos quando se trata da defesa do Lula, que vale tudo. E aí me pergunto… E a OAB o que vai fazer quanto aos abusos do juízo? O que fará quanto à representação da classe e destes advogados que estão sendo engolidos pela mídia e pelo juízo? E as possíveis responsabilidades criminais que devem ser averiguadas no âmbito da atuação (ou falta desta – prevaricação) do magistrado e do promotor?