Frankfurt entrou no nosso roteiro como uma simples parada para não fazer uma viagem tão longa entre Praga e Paris.
Então, escolhemos um hotel bem próximo da Estação Ferroviária, que fica na região central da cidade. De 10 a 15 minutos andando você chega no centro velho, com praças, fontes e construções antigas, assim como ao instituto Goethe, do famoso escritor alemão. Com isso, nem usamos transporte público.
Ao sair da Estação, caminhamos uns 300 metros e já estávamos no hotel Domicil.
É um bom hotel e não foi barato. Todo reformado, mas nos deram uma quarto péssimo, que cheirava a cigarro e café. Dormimos a primeira noite cansados, mas no outro dia não conseguimos ficar no quarto e pedimos para trocar. Enrolaram um pouco para trocar, mas trocaram. E aí sim ficamos em uma quarto ótimo, um dos melhores também da viagem. Valor do quarto para casal: R$ 190,00 a diária, comprado pelo Hoteis.com. Cerca de 47 Euros.
Na região há vários hotéis que são bem mais caros e chiques, mas é uma região que você pode achar meio barra pesada. Algumas ruas próximas têm muitos estabelecimentos que anunciavam a venda de sexo e outros casas de jogos (cassinos). Grupos de homens de meia idade circulam e bebem pelo local. Nas praças próximas estão presentes alguns moradores de rua, bêbados e uns poucos drogados. Mas não é droga pequena não. Ali você vê pessoas se aplicando em plena praça pública no período noturno.
Mas é uma situação muito diferente do Brasil, visto que em muitos lugares há uma política menos violenta e mais de saúde pública em relação ao tema. Em vez de fazer tiroteio nas favelas e jogar no presídio um drogado, o Estado alemão oferece tratamento, se a pessoa desejar. Com isso, você pode circular tranquilamente nessas regiões sem o perigo de uma bala perdida ou de ser morto pela polícia que te confundiu com um vendedor de drogas.
Para se ter uma ideia da região, da própria Estação sai uma rua larga, Kaiserstrasse, com muitos restaurantes nada baratos e é um dos pontos turísticos da cidade. Inventamos de comer outro schnitzel e um joelho de porco (eisbein). O schnitzel não tava aquelas coisas e o joelho de porco já comemos melhores em Caraguatatuba, com batata e chucrute. Muito melhor e mais barato. Resultado, tomamos um prejuízo de 30 euros. Só um copo de Pepsi cola saiu por 4 euros (uns 12 reais com IOF).
No outro dia achamos um lugar bem melhor na mesma rua. Na verdade, no dia anterior já vimos que o local era bom. Estava lotado e não tinha lugar. Agora sim comemos dois bons sanduíches e chopp por 7,5 euros por pessoa.
Outro passeio bastante turístico é ir até a praça da Fonte da Justiça, com uma arquitetura típica da Alemanha e várias lojas e restaurantes.
Um passeio muito gostoso e romântico é passear pelas margens do rio Reno. Como em várias cidades da Europa, em Frankfurt também evitaram que o rio que corta a cidade se transformasse em um esgoto a céu aberto como o Tietê. As margens do rio são urbanizadas e as pessoas circulam de bicicletas, skate, patines, a pé. É muito legal.
De Frankfurt seguimos para Paris de trem. E aqui já começou a ficar caro o transporte porque entramos na área da francesa SNFC. Valor da passagem 49 Euros em uma viagem de aproximadamente 4 horas. Chegamos em Paris, mas não vamos falar de Paris agora, porque funcionou como um ponto de passagem, visto que lá alugamos uma kitnet por mais tempo. Então, nosso próximo destino será Marselha, na França, depois Espanha e Portugal, antes de retornar a Paris.
E aí que descobrimos a exploração da SNFC, a companhia mais cara e ruim da Europa. Ela não permite que pessoas de fora da União Européia comprem no site da empresa, que tem algumas promoções. Então, quem não tem cartão de crédito europeu tem que pagar bem mais caro. Eles te encaminham para o site da Rail Europa, que não tem as mesmas ofertas e cobra uma taxa de R$ 20 Euros. A passagem para Marselha poderia ter saído por 25 Euros, mas tivemos que pagar 45 Euros no site da Rail Europa. Mas vamos em frente. (Tião Braskaville)
Próximo destino: Marselha
Para ver o início dessa viagem e todas as cidades, vá a Um roteiro de 40 dias viajando bem barato pela Europa
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Peco desculpa pelo que escrevo, mas seria bom que antes de colocar informacoes na net, se verificam-se essas mesmas informacoes . Digo isto, pois uma curta visita ou uma apresada conclusao, pode nao ser a correta e levar a conclusoes erróneas por parte de quem as le.
Assim, espero que nao levem a mal, mas tinha umas indicacoes, no que se refere a Frankfurt (em relacao aos outros comentários deixo para outros leitores)
Vejamos dois elementos: nome de rua- Kaiserstrasse (e nao Kaisserstrabe) ou que as construcoes sao antigas-. Frankfurt foi amplamente destruida com 26.000 toneladas de bombas durante a segunda guerra mundial, nao ficando nada quer da cidade medieval quer da cidade dessa altura. 5559 pessoas morreram. Especialmente doloroso foi o período entre o dia 18 e 22 de marco de 1944, e que a cidade relembrou há dois anos, com eco por todos os Media europeus. Quase tudo desapareceu- monumentos, casas, instituicoes. Tudo. Por exemplo: 1800 casas tradicionais de madeira arderam, inclusive as das imagens que indicam serem antigas. Nao sao. No Römerberg (1a e 2a imagem), apenas ficou a fachada da perfeitura. A ópera velha (destruída também nessa altura) apenas acabou de ser feita em 1981.
Muito Obrigada pela atencao. Continuacao de boa viagem.
Ann. Obrigado pelo comentário e pelas informações. Apesar de não fazermos referência a isso, a região central é chamada pelos próprios moradores de parte velha ou centro velho, ou centro histórico, em relação à parte mais moderna, dos prédios altos e espelhados. Isso nos foi indicado pelos próprios moradores. Apesar da destruição que você relata e de não serem originais, essas expressões são uma referência local, informações turística. Pecamos por não citar essa barbaridade humana.