Saímos de Budapeste de manhã bem cedo e chegamos em Viena por volta das 10h30 na estação ferroviária Hauptbahnhof, que é uma estação que mais se parece com um shopping center, com muitas lojas e enorme praça de alimentação. E um dos croassants mais gostosos que já comemos. Ou era mesmo a fome que estávamos. Em Viena só vamos passar o dia. Nossa hospedagem será em Praga, na Checoslováquia.
Como voltaríamos para a estação no final da tarde para pegar o trem para Praga, fomos deixar as malas em um guarda-volumes. O local é totalmente automatizado (veja foto na galeria logo abaixo). Você escolhe o armário, pequeno, médio ou grande e bem grande. Pagamos apenas 2,5 euros por um armário médio e coube todos os nossos 4 volumes.
A nossa primeira parada ficava ao lado da estação. Então saímos e caminhamos cinco minutos até o Palácio Belvedere, inaugurado no início do século XVIII e também conhecido como palácio barroco. O dia estava ensolarado e podemos passear pelos jardins, visitar o palácio por dentro e ir ao Museu Belvedere. O palácio é dividido em duas partes, Belvedere Inferior e Belvedere Superior. Hoje, a Galeria Austríaca encontra-se no Belvedere Superior e na parte inferior está o Museu do Barroco e o Museu de Arte Medieval. A Galeria Austríaca no Belvedere Superior não somente mostra a arte austríaca dos séculos XIX e XX, mas também arte internacional. A Galeria contém a maior coleção de obras de Gustav Klimt, Egon Schiele e Oskar Kokoschka, além de obras importantes do impressionismo francês. Lá pode ser visto um dos quadros mais conhecidos e belos de Klimt, “O beijo”. As obras do Museu não podem ser fotografadas, mas, no caso de “O beijo”, há uma reprodução logo na sala ao lado de onde está o quadro original. A sala ganhou o nome de “Selfie point” e o público pode fotografar ou fotografar-se à vontade ao lado da obra.
Ao sair do castelo, pegamos um Tram (tipo VLT), que chegou rapidinho no centro turístico de Viena, cerca de 15 minutos, mas já estávamos mortos de fome. Caímos na besteira de entrar em um restaurante para turista e pedir um schnitzel para dividir. Mal atendidos, caro e o schnitzel estava sem gosto. Ali, de brincadeira, 15 euros em uma porcaria.
Percorremos as ruas do centro e diferente de muitas cidades da Europa, as lixeiras tem local para colocar bituca de cigarro. Na Europa, o primeiro estranhamento é a quantidade de fumantes. Você leva baforada de cigarro na rua, principalmente quando está esperando o sinal verde para atravessar, e quando se senta nas mesas que ficam na parte externa (geralmente na calçada) dos restaurantes. Mas, para se ter uma ideia, as lixeiras estavam abarrotadas de bitucas de cigarro, a quantidade era tanta que elas até caíam para fora. Nas cidades que visitamos, as bitucas ficam espalhadas pelas ruas.
Percorremos o centro à pé. Muita gente, muitos turistas e tudo muito caro. Ali, visitamos uma das mais antigas catedrais em estilo gótico europeu, a Catedral Santo Estevão, com um estilo que data do século XIV e também experimentamos alguns chocolates muitos bons (em Viena, há vários), entre eles o famoso chocolate da Sissi. Pode comprar mais de um que é bom e não muito caro. Em Viena também é famosa a torta de chocolate Sacher, vendida em um café que estava completamente abarrotado.
Bem próximo ao café, fica o Museu Albertina, que abriga uma inacreditável coleção com obras de vários pintores conhecidos. O Museu tem uma coleção realmente impressionante, você sai de uma tela de Picasso, e já vê um Monet, Renoir, Degas, Gauguin, Miró, Van Gogh, Kandinsky, René Magritte, Chagall, Paul Klee, e tudo na sequência praticamente. Por aí você vê o nível da coleção do Museu.
No início do final da tarde já voltamos para a estação Hauptbahnhof, pegamos nossas malas no guarda-volume automático e embarcamos rumo a Praga às 18h30, também com passagem comprada no site da companhia austríaca ÖBB . Valor da passagem: 19 Euros. (Tião Brakaville)
Próxima parada: Praga
Para ver o início dessa viagem e todas as cidades, vá a Um roteiro de 40 dias viajando bem barato pela Europa
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2 thoughts on “Viagem barata na Europa: Viena de museus e palácios, mas sem hospedagem”