Idolatrado por ser o “simbolo do combate à corrupção” no Brasil, nas palavras do procurador da República Deltan Dallagnol, o juiz federal Sergio Moro mandou tirar a tornozeleira eletrônica do primeiro delator da Lava Jato, o ex-diretor da Petroras Paulo Roberto Costa.
Segundo a Folha desta quinta (30), Costa livra-se de um “pesadelo” porque a tornozeileira o obrigava a ficar em casa, pois necessitava ser recarregada na tomada a cada quatro horas, e às vezes, por falhas, gerava conflitos com a Polícia Federal. Agora, sem o equipamento, o delator não precisa mais ser monitorado pelos agentes federais. Fica livre, leve e solto.
De acordo com o jornal, “os procuradores queriam que ele continuasse com a obrigação de voltar para casa à noite, mas o juiz recusou o pedido.”
Costa agora só precisa cumprir mais três anos de serviço comunitário para ver-se completamente livre de qualquer sanção da Lava Jato. Ele já estava em regime domiciliar desde outubro do ano passado, em sua casa na região serrana do Rio de Janeiro.
Para ficar livre da prisão em regime fechado, bastou que o delator, que foi pego com 25 milhões de dólares numa conta na Suíça, devolvesse R$ 100 milhões e mais alguns produtos comprados com o dinheiro da propina – como um iate e um carro de luxo.
Costa é um dos principais delatores da Lava Jato, ao lado de Alberto Youssef. Esse também já tem data para sair da prisão: o próximo dia 17, segundo Moro. Ele estará liberado para andar pelo seu condomínio, apesar de ter de passar um temporada com a tornozeleira.
Parece que na Lava Jato, o crime com delação compensa. (Do GGN; edição Carta Campinas)
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