Em 19 de outubro, há mais de um mês, Eduardo Cunha, ex-deputado do PMDB-RJ e articulador do impeachment, foi preso pela Polícia Federal, em uma operação da Lava Jato.
Logo surgiram insinuações de uma possível delação de Eduardo Cunha, o que arrasaria parte do PMDB e o governo Temer.
O texto que não escrevi diria que Eduardo Cunha não iria fazer delação nenhuma.
E mesmo que fizesse, seria em grande parte uma delação suspeita.
O texto que não escrevi diria que a Lava Jato não está interessada na delação de Eduardo Cunha.
E mesmo se houvesse delação, nada seria vazada e a Lava Jato poderia postergar ao máximo porque tem outras prioridades.
O texto que não escrevi relembraria que no impeachment, a Lava Jato atuou junto com os interesses de Eduardo Cunha para depor a presidente eleita. Os áudios não mentem.
O texto que não escrevi falaria da delicadeza dos PF com Eduardo Cunha durante a prisão.
Mas agora, esse talvez não tenha sentido, já faz um mês da prisão.
Eduardo Cunha continua em silêncio. Ninguém sabe como é a cela dele, ninguém o fotografou com roupa de presidiário. Nada vaza na Lava Jato sobre Eduardo Cunha.
Mas o texto que não escrevi também diria que Eduardo Cunha terá paciência e zíper na boca por que poderá estar em breve livre, leve e solto como Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.
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