O livro Capitalismo e Colapso Ambiental (Ed. Unicamp), do professor do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, Luiz Marques, ganhou o prêmio Jabuti 2016 em primeiro lugar na categoria Ciências da Natureza, Meio Ambiente e Matemática.
O beco sem saída do capitalismo talvez não seja o comunismo, como temem os lunáticos que confundem a bandeira do Japão com os ideais da Rússia de 1917. Mas, segundo o professor, do colapso ambiental que o próprio capitalismo está provocando e provocará no planeta.
O livro é um estudo que mostra que o capitalismo é intrinsecamente expansivo e destruidor, o que está levando o planeta a um quadro sem precedentes de devastação ambiental. “Reverter essa tendência requer, em meu entender, a desmontagem da máquina intrinsecamente acumulativa e expansiva do capitalismo. Requer, numa palavra, superar o capitalismo, pois para o capitalismo, ser é crescer. E quanto mais dificuldade ele encontra para crescer (inclusive, doravante, por causa das crises ambientais), mais ambientalmente destrutivo ele se torna (…) O capitalismo global está extinguindo ou ameaçando existencialmente um número crescente de espécies, entre as quais, e não por último, a nossa” (Veja notícia sobre o lançamento do livro). E abaixo uma entrevista do professor Luiz Marques para a TV Unesp.
Outros professores da Unicamp também receberam o prêmio Jabuti. Entre eles, Antonio Guerreiro, também do IFCH, obteve o terceiro Lugar na categoria Ciências Humanas com o título Ancestrais e suas Sombras: Uma Etnografia da Chefia Kalapalo e seu Ritual Mortuário (ed. Unicamp). Também na categoria Ciências da Natureza, o professor Carlos Vogt, do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) ficou em segundo lugar com o livro A Utilidade do Conhecimento (Ed. Perspectiva) . (Mais informações sobre prêmio dos professores)
Amparo
A análise do professor é bem interessante. Só que a crítica que ele faz à esquerda, sobre repensar a questão do excedente e sua relação com questões ambientais, não se sustenta se considerarmos as contribuições do ecossocialismo, sendo uma boa referência o livro do Michel Lowy.
A alternativa para a expansão do capitalismo, estará nos astros fora do nosso planeta, entretanto, não houve grandes avanços de expansão fora do planeta até o tempo atual, devido a diversas limitações como as físicas, econômicas e tecnológicas. Como o professor colocou, um descompasso, estamos indo com pressa de mais ao pote, iremos inevitavelmente nos afogar. precisamos de mais tempo. Dominou-se o mundo e seus limites viáveis (saudáveis), só que nós encontramos presídio ao planeta ainda, e não se sabe até quando.
O problema não está no capitalismo e sim na educação de cada ser humano. É preciso mais consciência nas escolhas, decisões e cada ação que tomamos, e é isso que faz com que nosso planeta entre em crise ou fique em equilíbrio. O nosso sistema poderia sim, ser remodelado, mas esta longe de ser um péssimo sistema.
Muito bom, eloquência se vê por aqui!
A dinâmica do capitalismo nos deseducar, para nos conformar com a sua sanha… Talvez não haja como evitar o pior… talvez tenha sido assim com outras civilizações antigas… agora estamos em escala planetária…