O FranceDanse chega ao Brasil pela primeira vez, após passar por 15 países da Europa, Ásia, Oceania e Estados Unidos para percorrer em três meses, de agosto a novembro, 15 cidades, de norte a sul.
São 16 companhias vindas de várias regiões da França representadas por coreógrafos renomados como Maguy Marin, Jérôme Bel, Christian Rizzo, Fabrice Lambert, Käfig, Fabrice Ramalingom e jovens talentos ainda pouco conhecidos no exterior, que exploram a simultaneidade de linguagens – dança, artes visuais, performance, teatro, vídeo, cinema, música ao vivo, como Samuel Lefeuvre e Raphaëlle Latini, David Wampach, Frank Michelleti, François Chaignaud & Cecilia Bengolea, Nadia Beugré, Latifa Laâbissi, Herman Diephuis.
Veja abaixo os espetáculos que ainda podem ser vistos no Sesc:
Sagração (Sacre)
SESC Belenzinho
20 e 21 de outubro, quinta e sexta, às 20h
O título se refere à “Sagração da Primavera” (Le Sacre du Printemps), obra de Igor Stravisnki encenada em 1913 sob a direção de Vaslav Nijinsky, em apresentação que, à época, causou enorme escândalo e se tornou uma referência da fundação da dança moderna. Mas a perspectiva do coreógrafo francês David Wampach sobre esta obra é outra: uma experiência extrema em que um homem e uma mulher quase arrancam a vida um do outro. O que interessa a Wampach na obra original é o argumento da peça: o fato de que ela evoca o ritual, a cerimônia, o estado de êxtase, a intoxicação. David Wampach é um dos criadores mais instigantes da nova cena de dança francesa.
Sala de Espetáculos II.
Ficha Técnica:
Coreografia: David Wampach
Figurinos: Rachel Garcia e Laurence Alquier
Som: Mikko Hynninen
Direção técnica: Gaëtan Lebret
Dança: Tamar Shelef e David Wampach
com a participação de Yannick Delval, Chiara Gallerani, Johanna Korthals Altes, Enora Rivière, Mark Tompkins e Christian Ubl
Agradecimentos: Dominique Brun
Produção e divulgação: Sabine Seifert
Produção: Association Achles
Coprodução: Festival Montpellier Danse, Centre National de la Danse – Pantin, Centre
Chorégraphique National de Franche-Comté à Belfort, le Cratère – Scène Nationale d’Alès
Apoio: Fundaçao Hermès, Tanzquartier (Vienna) e adc (Genebra) dentro do programa Modul-Dance,
a Ménagerie de verre dentro do programa Studiolabs, Centre chorégraphique National de Montpellier Languedoc- Roussillon e CNDC Centre National de danse contemporaine Angers.
Duração: 50 minutos
Limite de 4 ingressos por pessoa
Gala (FRA)
SESC Bom Retiro
29 e 30 de outubro, sábado, às 21h, domingo, às 18h
Gala propõe aproximar-se de uma forma diferente à dança. Perguntar como é que a arte nos pode conduzir a um terreno comum. Artista maior da cena contemporânea, Jérôme Bel está de volta com uma proposta que emergiu durante um seminário com amadores de um bairro nos subúrbios de Paris. A gala, uma forma de arte que é coletiva, reúne profissionais da dança com amadores de origens diversas. As diferentes cenas desta gala não nos incitam ao julgamento, mas revelam como a bagagem cultural de cada pessoa ilumina a sua dança. O inventário desta “dança sem qualidade” não mostra somente a multiplicidade dos modelos estéticos que vão surgindo, mas revela também o desejo comum da alegria, da perfeição, da transfiguração e da partilha política.
Assim como na França e países por onde já circulou, a peça será montada com elenco local que mescla amadores e dançarinos profissionais.
Essa apresentação integra a programação do France Danse Brasil.
Direção: Jérôme Bel.
Duração: 90 minutos.
Venda limitada a dois ingressos por pessoa.
Dub Love Cecilia Bengolea e François Chaignaud
SESC Pompeia
4 e 5 de novembro, sexta e sábado, às 21h
O encontro de Cecilia Bengolea e François Chaignaud com o DJ Dub High Elements levou os dois coreógrafos a confrontar sua prática com o universo do Dub. Nascido na Jamaica no fim dos anos 1960, este gênero musical se desenvolveu continuamente na Jamaica e na Grã-Bretanha, tornando-se uma atração em grandes reuniões festivas. A intensidade das vibrações emitidas pelos Sound Systems, o impacto físico que causavam nos corpos e sua força aglutinadora fizeram desses encontros verdadeiros eventos espirituais, políticos e religiosos.
Interessados na composição em dois tempos do Dub, Chaignaud e Bengolea conceberam a coreografia de Dub Love seguindo o mesmo método: primeiro realizadas em estúdio, as partes são em seguida desconstruídas e reconstruídas, por ocasião dos concertos, com o emprego de uma mesa de mixagem que permita mudar livremente o equilíbrio entre cada pista e aplicar diversos efeitos sonoros. Esse processo que permite oscilar entre arquitetura rigorosa e liberdade improvisada, entre compromisso e abstração, permite a Dub Love uma liberdade infinita de remixagem das danças no palco.
Ficha Técnica
Composição e interpretação: Cecilia Bengolea, François Chaignaud e Hanna Hedman ou Alex Mugler (em substituição a Ana Pi)
Colaboração coreográfica hip-hop: Ange Koue
MC em cena: MatDTSound (com músicas de High Elements)
Administração/produção: Anne Reungoat – Jeanne Lefe vre
Divulgação: Sarah de Ganck / Art Happens
Produção delegada: Vlovajob Pru
Vlovajob Pru conta com o apoio de DRAC Auvergne-Rho ne-Alpes e do Conseil Régional d’Auvergne-Rho ne-Alpes, bem como do Institut français e Institut français/Ville de Lyon para seus projetos no exterior.
Coprodução: La Ménagerie de Verre, Maison de la Culture d’Amiens, SZENE Salzburg, Direct Marketing.
Este projeto recebeu apoio da rede APAP-Performing Europe, financiada pela Commission Européenne- programme Culture.
Agradecimentos a ImPulsTanz e a Karl Regensburger.
Venda limitada a 4 ingressos por pessoa.
Cribles
SESC Santana
11 e 12 de novembro, sexta e sábado, às 21h
Peça em que Emmanuelle Huynh trabalha com uma forma simples, o círculo, para recriar passos que se encontram em festas, celebrações, casamentos ou ritos de guerra. Nessa peça, a coreografia interage com os percussionistas que executam a trilha ao vivo, mas os bailarinos não apenas respondem aos músicos, pois são eles mesmos produtores de som (com seus pés, bocas e partes do corpo).
Cribles retoma um aspecto ancestral da dança, ao mesmo tempo em que mostra como ela está viva no corpo e no som de seus intérpretes. A música base da obra é Persephassa, uma peça para seis percussionistas composta por Iannis Xenakis, já ela mesma um rico material para a dança por seu poder e polirritmia. Uma fusão intensa entre dança e música. Assim como na França e países por onde já circulou, a peça é apresentada com elenco local.
Teatro.
Mais informações pelo Portal do Sesc. (Carta Campinas com informações de divulgação)