Por Eduardo de Paula Barreto
Quando o homem de toga
Abre mão das provas
Para condenar por convicção
Ele anula a justiciabilidade
E impõe à sociedade
O Estado de Exceção.
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Ao transformar o Judiciário
Num Poder autoritário
Que limita a cidadania
Ele produz como efeito
A supressão dos direitos
E a morte da Democracia.
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Diante de tais abusos
Banaliza-se o uso
Dos julgamentos sumários
Porque não importa a inocência
Quando as Suas Excelências
Ficam convictos do contrário.
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Que o juiz bata o martelo
Só depois que o libelo
Apresente provas cabais
Antes que a injustiça
Faça ressurgir das cinzas
As masmorras medievais.
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