No mesmo despacho em devolve o passaporte de Cláudia Cruz – investigada na Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas – o juiz Sergio Moro aceitou um pedido da defesa da esposa de Eduardo Cunha (PMDB) para que sete testemunhas na Suíça e Cingapura sejam ouvidas por meio de cooperação com as autoridades internacionais. Para isso, Moro estipulou o prazo máximo de quatro meses para “esperar a resposta ao pedido de cooperação.”
Moro estimou o prazo levando em conta que há “acusados presos cautelarmente”, mas considerando, sobretudo, o direito à “ampla defesa” de Cláudia Cruz. No despacho, Moro sinaliza que considera essas testemunhas dispensáveis para o processo em que a jornalista é acusada de usufruir das contas que Cunha mantinha no exterior, abastecidas com dinheiro desviado dos esquemas de corrupção na Petrobras.
“Apresentou a defesa argumentos para defender a imprescindibilidade da prova e quesitos. Retificou que, em realidade, são sete testemunhas, pois havia nome repetidos, e retificou o endereço de uma delas (Angela Nicolson). Observando os quesitos, é muito duvidosa a imprescindibilidade da prova, como exige o art. 222A do CPP, disse Moro.
Para ele, “a questão relevante quanto à origem dos recursos [das contas usadas por Cláudia Cruz] encontra-se no domínio de conhecimentos dos titulares das contas, no caso, em princípio, Cláudia Cordeiro Cruz e seu cônjuge, e não no dos empregados bancários ou responsáveis pela constituição dos trusts ou offshores.”
“Da mesma forma, a questão relevante é saber se, caso os ativos tenham origem criminosa, tinha a acusada ciência disto, o que os mecanismos de compliance dos bancos, em princípio, nada resolverão. De todo modo, a bem da ampla defesa, resolvo deferir essa prova.”
Na mesma decisão, Moro atendeu a mais dois pedidos da defesa de Cláudia Cruz: devolveu seu passaporte, mas indicou que, para deixar o País, a jornalista necessitará de autorização judicial; e dispensou a mulher de Cunha de audiência programada para esta quinta-feira (26).
Há alguns dias, saiu na imprensa despacho de Moro criticando a dificuldade da Lava Jato em localizar Cláudia em seu endereço residencial para fazer notificações.
“Informa a Defesa de Cláudia Cordeiro Cruz que a acusada possui residência no Rio de Janeiro/RJ, situada na Avenida Heitor Doyle Maia, 98, Barra da Tijuca, e na cidade de Brasília, na SQS 316, Bloco B, Apto 202. Noticia, ainda, que a acusada declarou-se intimada da audiência que irá ocorrer no dia 26 de agosto de 2016, da qual, inclusive, requereu dispensa. Anotem-se os endereços da acusada. Defiro o pedido de dispensa, sob a condição de que a intimação para os atos processuais vindouros seja realizada na pessoa de seus advogados. Ausência de oposição será interpretada como concordância tácita.”
O único pedido que Moro não concedeu à defesa de Cláudia Cruz foi a imposição de sigilo sobre o inquérito, alegando que – com exceção dos dados protegidos por lei – o caso é de interesse público.(Do GGN)
Esse sujeito não merece respeito de ninguém, não tem respeito a toga que usa….
Infelizmente este será nosso país até que venham as próximas eleições nacionais….
E, o pior que não posso postar o que eu gostaria realmente de fazer; lembrando-me aqui da época da Ditadura quando sabíamos contra quem lutávamos. Hoje quadrilhas, personalismos e cleptorapinos permeiam o cenário político, amparados por uma classe aliciadoras de mentes acéfalas e uma mídia marketiniana cujo interesses são definidos por potências estrangeiras – por UMA potência – para escravizar nosso povo…
Não admitem o potencial econômico que chegamos, a independência de sermos signatários de um forte Mercosul, nem do fomento que o BRICS dará a qualquer nação que não queira ser refém do FMI americano…
Portanto, apostam no desmonte do nosso Estado, e essa corja representada pelos golpistas de plantão representa; compram marionetes políticas para obter os votos necessários, como também pelo suborno nos altos salários judiciais que de guardiões, se tornam mercenários jurídicos que conspurcam nossa Carta Magna, envergonhando nossa História e, a de grandes Homens e Mulheres que deram suas vidas para fazermos de nossa Nação uma terra de gigantes….
Realmente entorpeceram o “gigante adormecido”; e, estamos a deriva sem capitão, nem timoneiro….
Triste isso!
Quantas regalias….
Por este e por outros é que o judiciário anda com tão baixa credibilidade, o que é altamente alarmante para uma república democrática, como supostamente somos.
Até quando?