É quase certo que o golpe parlamentar arquitetado pelo PMDB de Eduardo Cunha e Michel Temer sairá vitorioso na votação que pode cassar Dilma Rousseff.
É possível que seja uma vitória bastante festejada, fim da Lava Jata, expulsão do PT do governo.
Mas todos os senadores que votarem pelo golpe não escaparão da pecha de golpista pelo resto da vida pública, assim como ficaram marcados os que apoiaram ou se beneficiaram da Ditadura Militar e do golpe de 64.
O golpe de 64, vejam vocês, era chamado de Revolução pelos jornais, da mesma forma que hoje chamam esse golpe de impeachment.
Na hora que a poeira assentar, que a população e a história tomarem conta da narrativa, essa vitória custará caro a muitos senadores.
Principalmente os senadores do campo mais progressista, como Cristovam Buarque.
Para o resta de suas vidas públicas serão chamados de golpistas por todos os seus adversários.
Não é que petistas ou outro partidos contra o golpe os chamarão de golpistas.
Eles serão chamados de golpistas por qualquer adversário político, inclusive dentro do próprio partido.
Seus adversários não os pouparão.
Não só os senadores, salvo honrosas exceções, mas a imprensa corporativa, o ministério público federal e estadual, o judiciário, todos com letra minúscula.
E primeiramente e finalmente FORA TEMER e todos seus asseclas GOLPISTAS!