Na tentativa de sustentar os argumentos que, para alguns, pareciam verossímeis de que a presidente Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade, os autores da denúncia afirmaram, em suas alegações finais, que a perícia provou “a materialidade dos crimes”. Mas equipe técnica de peritos, contudo, se disse incompetente para julgar o “dolo” e, inclusive, isentou Dilma das chamadas pedaladas fiscais.
O laudo da perícia técnica de servidores do Senado concluiu que os decretos suplementares foram incompatíveis com a meta fiscal de 2015, mas que não houve ato da presidente Dilma Rousseff na execução dos repasses a bancos públicos referentes ao Plano Safra, que são as pedaladas.
Nesse sentido, os autores do impeachment entraram em contradição: “A perícia disse não tinha como concluir pela existência de participação direta da presidente. Mas estamos falando de um concerto de vontades e de um comando que evidentemente veio de cima. Não podemos imaginar que técnicos agissem à revelia da presidente e ela não tivesse conhecimento dessa prática. Houve um comando, uma orquestração”, defendeu.
No documento apresentado nesta terça (12) à Comissão Especial do Impeachment do Senado, os autores defendem que Dilma cometeu crimes de responsabilidade como parte de um “modus operandi” (um ato costumeiro) do governo para se “perpetuar no poder”. No entanto, o ‘modos operandi’ que acusam Dilma é prática desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
“O povo brasileiro foi vítima de um golpe eleitoral, mediante o qual se dissimulou a real situação econômica do país, com o fim de garantir a reeleição. Os fatos demonstram uma continuidade do mesmo comportamento do mandato anterior, um verdadeiro modus operandi”, disseram os advogados nas alegações finais.
Os autores ainda chamaram as 38 testemunhas de Dilma como “cantilena decorada e repetitiva” que falavam “em causa própria”. “Funcionários do Tesouro ou do Ministério do Planejamento podem ser partícipes das ilegalidades praticadas pela presidente, pois colaboraram para que o ato final viesse a ser praticado. Situação clara de autodefesa”, atacaram.
Contra a tese defendida pelos aliados de Dilma de que o processo é um “golpe de Estado”, a acusação se justificou na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que apresentou uma denúncia posterior contendo, além de outros argumentos, os mesmos contra a gestão da presidente afastada. (Do GGN; edição Carta Campinas)
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O PATO DE TROIA
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Onde estão aquelas panelas
Que davam ritmo aos gritos
Daquele povo comprometido
Com o combate às mazelas?
Onde foi parar a multidão
Que dizia que toda corrupção
Era culpa de Dilma Rousseff?
Cadê os defensores da justiça
Que abraçavam a polícia
Para tirar cômicas selfies?
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O grito daquele povo
Virou silêncio de vergonha
Ao perceber as artimanhas
Nas quais caíram feito bobos
E que permitiram aos mafiosos
Assumir sem esforços
O controle do Brasil
Para colocarem em prática
As medidas antidemocráticas
Que Getúlio extinguiu.
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As camisas amarelas
Voltaram para as gavetas
E tristes camisas pretas
Ocuparam o lugar delas
Em sinal de luto
Pelo ataque súbito
Contra a Democracia
E as panelas amassadas
Foram todas condenadas
A estar sempre vazias.
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Concluída a tramoia
Os coxinhas perceberam
Que o pato que defenderam
Era o Pato de Troia
Que trazia dentro de si
Dentre todas as mais vis
Das políticas conservadoras
Que se mostraram elitistas
Ao retirarem as conquistas
Da classe trabalhadora.
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Eduardo de Paula barreto
13/07/2016.
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Olá Eduardo, colocamos seu poema como post.
Olá, que bom que gostaram. Recebam um forte abraço.
Muito legal, alusão inteligente. Eduardo de Paula Barreto, vou compartilhar seu poema no face.
Muito obrigado Jianete. Abraço forte.
O Sindicato de Ladrões (Congresso Nacional) mais o judiciário Corrupto na figura de Gilmar Mendes e o Juiz da Vaza-Jato com a mídia de uma hora pra outra acabaram com a corrupção no Brasil, descaradamente achando que todos nós somos idiotas, é como venho dizendo todos os dia a única saída para sociedade brasileira é as ruas e guerra civil. Deram golpe de estado solapando a democracia e o estado de direito.