O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, descartou qualquer ligação com as empresas da J&F Participações, holding proprietária do grupo JBS. Uma das empresas da holding, a Eldorado Celulose, é alvo da nova fase da Operação Lava Jato.
No entanto, antes de assumir o Ministério da Fazenda, Meirelles presidia o Conselho de Administração da J&F, dona do Banco Original, JBS, Vigor. Também foi membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas.
Segundo o ministro, ao voltar para o governo, se desligou do grupo antes de chegar a Brasília. “Eu fui do conselho de diversas entidades [no passado]. Neste caso, era o conselho consultivo, objeto de consulta. Não tenho mais nada com nenhuma dessas empresas. Em todas [empresas na qual foi ligado] fui convidado e aceitei, mas fiz contratos de encerramento”, disse hoje (1º), em entrevista à Rádio Estadão.
A empresa Eldorado Celulose é um dos alvos da fase da Operação Lava Jato deflagrada hoje (1º). O escritório da companhia, na Marginal Tietê, zona oeste paulistana, está sendo vasculhado por agentes da Polícia Federal. A empresa é controlada pela J&F Participações,holding (empresa que detém a posse majoritária de ações de outras empresas) que é proprietária do grupo JBS, dono da Friboi.
Sobre a Operação Lava Jato, Henrique Meirelles disse que é um processo absolutamente relevante, saudável e importante para a economia brasileira. “Tenho destacado há muito tempo que o que é forte no Brasil, hoje, são, cada vez mais, as suas instituições. Seja o Judiciário, seja o Legislativo, seja o Ministério Público, seja o Executivo. O que está claro, no Brasil, é a independência das instituições e a imprensa livre. Na minha opinião, isso é que dá força para acreditarmos no futuro do Brasil”, declarou. “Independentemente de questões específicas e de operações específicas. O que vai concluir ou o que não vai concluir. Quem é culpado, que não é. Quem vai ser punido ou não”, acrescentou.
Operação
A empresa Eldorado Celulose é um dos alvos da fase da operação Lava Jato deflagrada hoje (1º). O escritório da companhia, na Marginal Tietê, zona oeste paulistana, está sendo vasculhado por agentes da Polícia Federal. A empresa é controlada pela J&F Participações, holding que também é proprietária do frigorífico JBS.
Em comunicado divulgado à imprensa, a Eldorado diz que não sabe as razões da ação policial de hoje. “A companhia desconhece as razões e o objetivo desta ação e prestou todas as informações solicitadas. A Eldorado sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade”, diz a nota da empresa.
A JBS também divulgou um comunicado, endereçado aos acionistas e ao mercado, em que nega ser alvo dessa nova fase da Lava Jato. “A companhia, bem como seus executivos, não é alvo e não está relacionada com a operação da Polícia Federal ocorrida na manhã de hoje”, enfatiza a nota.
Além da ação em São Paulo, a operação abrange o cumprimento de mandados no Rio de Janeiro, Pernambuco e Distrito Federal. As atividades dessa fase foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte. (Agência Brasil; edição Carta Campinas)
A canoa tá toda furada, quando é que vai afundar de vez?