Em seu primeiro discurso, o novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, nomeado pelo governo interino de Michel Temer (PMDB), fez um discuso inusitado e que parece que só acontece mesmo no Brasil.
Ele defendeu o interesse das petroleiras concorrentes em prejuízo da própria Petrobras, empresa que preside.
Ele disse que apoia a revisão da Lei de Partilha que garante a Petrobras o privilégio de ter pelo menos 30% dos investimentos em cada campo de exploração do pré-sal. As petroleiras internacionais, e que concorrem com a Petrobras no mundo todo, estão ansiosas pelo fim dessa legislação que dá grande poder à Petrobras. Com o fim da Lei de Partilha, as concorrentes da Petrobras poderão tomar conta do pré-sal, em alto mar.
O interesse das petroleiras internacionais é grande. Para se ter uma ideia, a Petrobras acaba de anunciar que a produção de petróleo nos campos operados pela empresa nas áreas do pré-sal, nas Bacias de Santos e Campos, atingiu novo recorde no último dia 8 de maio, superando 1 milhão de barris por dia de óleo equivalente (petróleo e gás natural) a um novo recorde.
A informação foi dada em nota divulgada hoje (3) pela Petrobras, adiantando que mais de 70% deste total dizem respeito à parcela da empresa nas aéreas envolvidas. Com a nova marca, obtida nos campos localizados nas duas bacias, o petróleo do pré-sal brasileiro já responde por cerca de 40% da produção de petróleo no país, hoje estimada em 2,9 milhões de barris por dia.
O resultado foi alcançado menos de dez anos após a descoberta destas jazidas em 2006, e menos de dois anos depois de atingida a produção de 500 mil barris por dia, em julho de 2014. Na avaliação da Petrobras, “isso comprova não só a viabilidade técnica e econômica do pré-sal, como também a sua alta produtividade. Em termos comparativos, o primeiro milhão de barris diários de petróleo produzido pela Petrobras só foi alcançado em 1998, decorridos 45 anos de criação” da estatal.
“Os projetos de produção do pré-sal são, hoje, a principal aposta e foco de investimentos da empresa por sua importância estratégica e alta rentabilidade”, afirma a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes. Para ela, “eles são a garantia, junto aos demais projetos do nosso portfólio, de maior previsibilidade para as nossas metas e curva de produção”.
Alta produtividade
A Petrobras ressalta, ainda, que o volume expressivo produzido por poço no pré-sal da Bacia de Santos, em torno de 25 mil barris de petróleo por dia, está muito acima da média da indústria e que, dos dez poços com maior produção no Brasil, nove estão situados nessa área. “O mais produtivo está localizado no campo de Lula, com uma vazão média diária de 36 mil barris de petróleo”.
Na avaliação da Petrobras, o pré-sal brasileiro é reconhecido como um dos mais competitivos entre as novas fontes de petróleo atualmente em desenvolvimento no mundo, em função da alta produtividade dos poços, do baixo custo de extração e da aplicação de tecnologias de produção inovadoras desenvolvidas tanto pelo estatal como por seus parceiros.
“A combinação de novas tecnologias com a aceleração da curva de aprendizado técnico, com foco em custos e produtividade, torna os projetos do pré-sal altamente rentáveis para a companhia”. Assim, o custo médio de extração, em decorrência desses fatores, também vem sendo reduzido gradativamente ao longo dos últimos anos.
Passou de US$ 9,1 por barril de óleo equivalente (óleo + gás) em 2014 para US$ 8,3 em 2015, e atingiu um valor inferior a US$ 8 por barril no primeiro trimestre deste ano. “Um resultado bastante significativo se comparado com a média da indústria, que oscila em torno dos US$ 15 por barril de óleo equivalente”.
Expansão do sistema
A Petrobras informou que, ainda no início do terceiro trimestre deste ano, entrará em operação, também na Bacia de Santos, um novo sistema de produção, interligado ao FPSO Cidade de Saquarema, a ser instalado no campo de Lula, área de Lula Central. Essa plataforma terá capacidade para processar até 150 mil barris de petróleo por dia e comprimir 6 milhões de metros cúbicos de gás natural.
Outro grande sistema, conectado ao FPSO Cidade de Caraguatatuba, será instalado no campo de Lapa, ainda no terceiro trimestre deste ano, com capacidade para produzir até 100 mil barris/dia de petróleo e comprimir até 5 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Até 2020, estão previstos 12 novos sistemas de produção no pré-sal da Bacia de Santos, finalizou a Petrobras. (Agência Brasil e Carta Campinas)
Entreguismo, lesa-pátria, traição. FORA TEMER e sua gangue golpista.
Ou seja: O tal presidente defende a gula de petroleiras não-brasileiras que anseiam a comer os lucros e os recursos da estatal. Nem falar da mão de obra barata. Parabéns a todos que queriam que Dilma saisse do cargo. Boa sorte!