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Professores da Unicamp decidem, durante assembleia, suspender a greve

Os professores da Unicamp decidiram, na tarde desta quinta-feira, 30 de junho, em assembleia, suspender a greve iniciada há um mês, mas vão manter a “luta em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade”, que continuará sendo organizada pela Comissão de Mobilização.

A organização dos professores será mantida para continuar com a programação dos debates e eventos que vêm sendo realizados dentro e fora da Universidade pelo Movimento SOS Universidade.

A Comissão de Mobilização, de acordo com a decisão, deverá continuar também à frente da negociação da pauta de reivindicações da campanha salarial em curso, que continua mantida.

A proposta de suspender a greve foi encaminhada pela Comissão de Mobilização, a partir dos compromissos assumidos pelo reitor José Tadeu Jorge, durante o debate com professores, realizado na sexta-feira, 24.

O convite para o debate como reitor foi encaminha pela ADunicamp (Associação de Docentes da Unicamp), a partir de decisão tomada na Assembleia Geral dos docentes, realizada no dia 13 de junho.

Durante a assembleia, os professores foram informados de que o reitor se comprometeu a negociar os itens específicos da pauta de reivindicações. Além disso, diante da situação econômica da Universidade, o reajuste possível de ser concedido no momento é de 3%, mas firmou o compromisso de reabrir as negociações, assim que houver uma recuperação na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) do Estado de São Paulo.

A proposta de suspensão de greve e continuidade das mobilizações e negociações foi acatada por ampla maioria pela assembleia.

A assembleia deliberou também sobre um manifesto, apresentado por um grupo de docentes e já assinado por 102 professores da Unicamp, solicitando um posicionamento formal da ADunicamp “Contra o golpe!”.

A assembleia, por maioria, decidiu por uma análise mais aprofundada do documento, que será disponibilizado, nos próximos dias nos canais de comunicação da ADunicamp e divulgado junto à comunidade acadêmica, para que possa ser amplamente conhecido e debatido. A proposta do manifesto será votada na próxima Assembleia Geral, com data ainda a ser definida.

MOÇÃO
A assembleia desta quinta-feira também aprovou a divulgação da seguinte moção, sobre eventuais atos de violência que teriam ocorrido durante manifestações nas recentes mobilizações das greves de professores, estudantes e servidores técnico-administrativos:

“Os professores e professoras da Unicamp, reunidos em Assembleia Geral nesta quinta-feira, 30, manifestam o seu repúdio às agressões sofridas por docentes, estudantes e funcionários no exercício de suas atividades ou por adesão à greve de suas categorias, devidas a enfrentamentos violentos em mobilizações. Apelamos à civilidade ao entendimento entre os membros das diferentes categorias que integram a comunidade acadêmica”.

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