Os professores da Unicamp, reunidos em assembleia geral no auditório da ADunicamp (Associação de Docentes da Unicamp) no dia de hoje, 1 de junho, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
Um dos motivos é a suspensão unilateral, por parte do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (CRUESP), das negociações em curso com o Fórum das Seis entidades que representam as categorias docentes e de técnicos administrativos dessas universidades (F6).
Ontem, os funcionários da Unicamp, que já estavam em greve, decidiram manter o movimento também por tempo indeterminado. Os funcionários reivindicam a reposição de 10%, valor da inflação medida pelo IPCA. Alunos de diversos Institutos da Unicamp também estão em greve por causa dos cortes no orçamento da Universidade de Campinas. Com a decisão dos professores, as três categorias estão em greve.
A decisão de hoje dos professores foi tomada por causa da suspensão das negociações pelos Conselho de Reitores, além do reajuste salarial. Em nota, a ADunicamp afirmou que a reposição salarial é apenas um dos itens da pauta proposta, à qual se agregam outros como “a defesa da Universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, que vem sofrendo ataques das mais diversas ordens e com viés claramente privatista e a defesa dos direitos básicos consolidados na Constituição de 1988, hoje em franco processo de desmonte no bojo da crise institucional pela qual passa o país”.
Os professores querem que a Reitoria da Unicamp se posicione de maneira “enérgica e inequívoca” em defesa da Unicamp enquanto instituição comprometida com pesquisa e ensino de caráter público, gratuito, de qualidade e socialmente referenciado, sem concessões a quaisquer iniciativas privatistas.
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