Em nota de repúdio a indicação de Pedro Parente (foto) à presidência da Petrobrás, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) soltou um comunicado em que traça o perfil do novo indicado pelo presidente interino Michel Temer (PMDB). A indicação de Parente para a presidência da estatal foi feita ontem (19) pelo presidente da República interino e deverá agora ser analisada pelo Conselho da estatal. “Sob a chancela de Pedro Parente, a Petrobrás teve que assinar contratos de parceria com o setor privado para construção de usinas termoelétricas, entre 2000 e 2003, onde se comprometeu a garantir a remuneração dos investidores, mesmo que as empresas não dessem lucro, bem como cobrir os custos dos empreendimentos, caso a venda de energia não fosse suficiente para sustentar os investimentos. A chamada “contribuição de contingência” gerou prejuízos de mais de US$ 1 bilhão à Petrobrás. Tudo autorizado por Pedro Parente”, diz a nota.
Veja a nota:
FUP repudia indicação de Pedro Parente para a Presidência da Petrobrás
A indicação de Pedro Parente para a presidência da Petrobrás é fortemente rechaçada pela Federação Única dos Petroleiros.
É inadmissível termos no comando da empresa um ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso que chancelou processos de privatização e tem em seu currículo acusações de irregularidades e improbidade na administração pública.
O perfil ultraliberal de Pedro Parente o descredencia por completo para assumir o comando de uma empresa estatal que tem sido a âncora do desenvolvimento e das políticas públicas estruturantes do país.
Sua nomeação está na contramão das lutas travadas pelos trabalhadores para evitar o desmonte do Sistema Petrobrás.
O currículo de Pedro Parente não deixa dúvidas sobre que lado ocupa na luta de classes. Ele participou ativamente dos dois mandados do governo FHC, onde atuou como Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, entre 1995 e 1999, e como Chefe da Casa Civil, entre 1999 e dezembro de 2002. No final de 2000, passou a acumular a presidência da Câmara de Gestão da Crise Energética, o chamado “ministério do apagão”, responsável por uma série de arbitrariedades, como racionamento e cortes de energia e multas altíssimas impostas aos consumidores.
Um dos maiores escândalos protagonizados por Pedro Parente no governo tucano foram os contratos para compra de energia emergencial e as “compensações” feitas às concessionárias privadas e aos investidores atraídos pelo Programa Prioritário de Termeletricidade, que impôs prejuízos bilionários à Petrobrás. Professores do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP chegaram na época a denuncia-lo ao Ministério Público Federal por improbidade administrativa.
Sob a chancela de Pedro Parente, a Petrobrás teve que assinar contratos de parceria com o setor privado para construção de usinas termoelétricas, entre 2000 e 2003, onde se comprometeu a garantir a remuneração dos investidores, mesmo que as empresas não dessem lucro, bem como cobrir os custos dos empreendimentos, caso a venda de energia não fosse suficiente para sustentar os investimentos.
A chamada “contribuição de contingência” gerou prejuízos de mais de US$ 1 bilhão à Petrobrás, que se viu obrigada a assumir integralmente as termoelétricas para evitar perdas maiores. O valor das usinas, avaliadas em US$ 800 milhões, equivalia a um terço dos US$ 2,1 bilhões que a estatal teria que desembolsar para honrar as compensações garantidas aos investidores até o final dos contratos, em 2008. Tudo autorizado por Pedro Parente.
Não é com gestores deste perfil que a Petrobrás vencerá a crise que atravessa. A FUP repudia sua indicação e exige que toda a diretoria da gestão Bendine entregue seus cargos, caso o Conselho de Administração da empresa aprove a nomeação de Pedro Parente.
Os petroleiros seguirão em luta contra o desmonte do Sistema Petrobrás e não darão um minuto de sossego aos entreguistas.
“Indicado por Temer para Petrobras é acusado de dar prejuízo de R$ 1 Bilhão à petroleira” – Esta manchete está INCORRETA! O prejuízo foi de 1 bilhão de DÓLARES. Corrijam, por favor!
Obrigado Ana Maria,
Já corrigido no título. Na texto está em dólares.
Valeu demais! Agradeço muito pela correção. É importante que esteja correta porque quando as pessoas compartilharem aparecerá em dólares e não em reais, mesmo que no texto conste o valor certo. Todos precisam saber que o rombo na Petrobrás foi imenso.
Tão pagando de volta por aquilo que lhes prestou o cidadão. O Petróleo é nosso e não do Parente!
Perto dos 400 bilhoes é dinheiro de pinga
De qual 400Bilhões vc se refere Tenorio?
Tenório, sua conta está muito errada, veja aqui, some tudo e verá que o prejuízo da Petrobras é de quase R$900 bilhões. R$60 bilhões roubados no Petrolão, perda do valor da Petrobras em quase R$300 bilhões, somados a dívida dela de R$351 Bilhões, e mais os prejuízos : A Petrobras registrou prejuízo de R$ 34,836 bilhões em 2015, acima do registrado no ano anterior (R$ 21,587 bilhões), segundo balanço divulgado no início da noite de hoje (21). Vc foi muito bondoso nos seus cálculos.
Fonte: “Carta Campinas”. Num cunhesso, naum. Num é “Carta Capitar”? kkkkk
Eu não vi a Federação dos Petroleiros, protestando contra o roubo de US$1,2 bilhões dado a Petrobras pela compra de Pasadena, e muito menos protesto contra o roubo de mais de R$60 Bilhões causado pelo PT a Petrobras. Por que será ? Não vi também ninguém desses aí, protestando pelo acordo feito entre Lula e Evo Morales, que culminou na perda da refinaria da Petrobras na Bolívia, e não vi também eles protestarem quando o exército boliviano colocou fuzil na cabeça dos trabalhadores brasileiros.
PERTO DOS R$ 400 BI DE ROMBO CAUSADO PELOS PRESIDENTES INDICADOS PELO PT E APOIADOS PELA FEDERAÇÃO, É DINHEIRO DE PINGA. ISSO SE TAL AFIRMAÇÃO FOR VERDADEIRA.
ELE NÃO CRIOU APAGAO. RESOLVEU O PROBLEMA. QUE ALIAS, NO PRIMEIRO MANDATO DO GOVERNO DILMA TEVE MAIS APAGÕES DO QUE NO GOVERNO FHC. NO SEGUNDO MANDATO ( DOIS ANOS E INTERROMPIDO, SÓ NÃO OCORREU APAGÕES MAIORES, PORQUE A ECONOMIA CAIU E O CONSUMO DA INDÚSTRIA CAIU,