Por Julicristie Oliveira
Pedi para a minha amiga holandesa que mora num bairro rural um punhado de beldroega.Tinha experimentado uma vez quando fizemos uma pequena expedição no seu quintal, numa sexta-feira perto da hora do almoço. Estava sol, mas em meio às árvores e outras plantas de diferentes portes, havia sombra e clima ameno. Naquele dia, descobri várias plantas novas, porém a beldroega me marcou. Havia estudado um pouco sobre as fontes vegetais e terrestres de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 e lembrava que era considerada um alimento fonte.
A beldroega é suculenta, não estamos muito acostumados com este estilo de hortaliça. É saborosa, pode ser comida crua e dá um bela salada. Neste último final de semana, exercendo a “boa vizinhança”, pedi o tal punhado de beldroega à minha amiga. Na saída, ela me ofereceu uma flor comestível… levei outro punhado. Era malvavisco e, apesar da cor vermelha, tem gosto suave, parecido com o da alface. Meu jantar de domingo ficou enriquecido com uma salada verde de folhas suculentas e flores.
Neste dia, havia comentado com minha amiga que sentia vontade de aprender a identificar mais plantas. Aquela habilidade, conhecimento de experiência, de olhar para uma planta, o caule, as folhas, as flores e saber dizer o nome. No outro dia pela manhã, resolvi deixar o carro no estacionamento e ir andando para o trabalho. Saindo do prédio onde moro, me deparei com uma cerca de malvaviscos no canteiro externo do condomínio. É uma planta rústica, resistente e que dá flor o ano inteiro. É… parece que a pequena lista de plantas que sei identificar ganhou uma linha.
Julicristie M. Oliveira tem doutorado em Nutrição em Saúde Pública, é professora do Curso de Nutrição da FCA/Unicamp e atua na área de Educação e Segurança Alimentar e Nutricional.
One thought on “Sobre beldroega e malvavisco”