A organização de extrema direita MBL, comandada por Kim Kataguiri, e que em associação com o réu e ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), promoveu manifestações a favor do golpe parlamentar, se recusou a divulgar o nome dos financiadores da Organização.
O possível doador da entidade, um comerciante de Vinhedo, região de Campinas, não teve coragem de assumir a doação à organização parceira de Eduardo Cunha e promotora do golpe.
Segundo reportagem do site Pé de Figo, de Valinhos, o coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL) e morador de Vinhedo (SP) Rubens Nunes disse que o movimento não divulga o nome dos doadores sem a permissão deles. O argumento foi utilizado como justificativa para não informar o nome de um comerciante da cidade que teria supostamente financiado a viagem de lideranças do grupo até Nova York, na semana passada. “Nós só divulgamos nome de doadores se eles permitirem”, afirmou na segunda-feira (25). Depois disso, ele não atendeu mais às ligações feitas pela reportagem.
Renan Santos e Kim Kataguiri, líderes nacionais do MBL, foram até Nova York no mês passado para participar de um protesto contra a presidenta Dilma Rousseff, que falou em uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU). Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Santos disse que a viagem foi feita “com dinheiro de doadores”, e citou o nome do suposto financiador de Vinhedo. “Que doadores? ‘Um monte. Sei lá. O Mário’ Que Mário? ‘Um comerciante de Vinhedo’”. A matéria “Rivalidade ‘coxinhas vs. mortadelas’ chega à conferência na ONU, em NY” foi publicada no mesmo dia no site do jornal.
A reportagem do Pé de Figo entrou em contato com Rubens Nunes na segunda, e ele havia dito que precisaria conversar com Santos, que voltava da viagem, para saber de quem se tratava. Na ocasião, ele disse não saber “só pelo nome Mário” quem poderia ser o suposto comerciante. Nunes é advogado e filho do vereador de Vinhedo Rubens Nunes (PMDB). (Veja texto integral)
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