Uma publicação no jornal britânico The Guardian provocou a ira das Organizações Globo. O texto, assinado por David Miranda, é didático e mostra como a Globo e outros grandes veículos de mídia incitaram o golpe promovido por deputados atolados em corrupção e que uniu os setores mais retrógrados e reacionários do país.
Por meio de seu vice-presidente, João Roberto Marinho, o grupo Globo insistiu para que o jornal publicasse uma resposta ao texto, dizendo que jamais houve apoio ao processo de impeachment contra a presidenta, Dilma Rousseff. O jornal britânico se limitou a publicar a carta de João Marinho no painel do leitor. Veja trecho do texto do jornal:
A razão real que os inimigos de Dilma Rousseff querem seu impeachment
A história da crise política no Brasil, e a mudança rápida da perspectiva global em torno dela, começa pela sua mídia nacional. A imprensa e as emissoras de TV dominantes no país estão nas mãos de um pequeno grupo de famílias, entre as mais ricas do Brasil, e são claramente conservadoras. Por décadas, esses meios de comunicação têm sido usados em favor dos ricos brasileiros, assegurando que a grande desigualdade social (e a irregularidade política que a causa) permanecesse a mesma.
Aliás, a maioria dos grandes grupos de mídia atuais – que aparentam ser respeitáveis para quem é de fora – apoiaram o golpe militar de 1964 que trouxe duas décadas de uma ditadura de direita e enriqueceu ainda mais as oligarquias do país. Esse evento histórico chave ainda joga uma sombra sobre a identidade e política do país. Essas corporações – lideradas pelos múltiplos braços midiáticos das Organizações Globo – anunciaram o golpe como um ataque nobre à corrupção de um governo progressista democraticamente eleito. Soa familiar?
Por um ano, esses mesmos grupos midiáticos têm vendido uma narrativa atraente: uma população insatisfeita, impulsionada pela fúria contra um governo corrupto, se organiza e demanda a derrubada da primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Rousseff, e do Partido dos Trabalhadores (PT). O mundo viu inúmeras imagens de grandes multidões protestando nas ruas, uma visão sempre inspiradora.
Mas o que muitos fora do Brasil não viram foi que a mídia plutocrática do país gastou meses incitando esses protestos (enquanto pretendia apenas “cobri-los”). Os manifestantes não representavam nem de longe a população do Brasil. Ao contrário, eles eram desproporcionalmente brancos e ricos: as mesmas pessoas que se opuseram ao PT e seus programas de combate à pobreza por duas décadas.
Aos poucos, o resto do mundo começou a ver além da caricatura simples e bidimensional criada pela imprensa local, e a reconhecer quem obterá o poder uma vez que Rousseff seja derrubada. Agora tornou-se claro que a corrupção não é a razão de todo o esforço para retirar do cargo a presidente reeleita do Brasil; na verdade, a corrupção é apenas o pretexto.
Aos poucos, o resto do mundo começou a ver além da caricatura simples e bidimensional criada pela imprensa local, e a reconhecer quem obterá o poder uma vez que Rousseff seja derrubada. Agora tornou-se claro que a corrupção não é a razão de todo o esforço para retirar do cargo a presidente reeleita do Brasil; na verdade, a corrupção é apenas o pretexto.
O partido de Dilma, de centro-esquerda, conseguiu a presidência pela primeira vez em 2002, quando seu antecessor, Lula da Silva, obteve uma vitória espetacular. Graças a sua popularidade e carisma, e reforçada pela grande expansão econômica do Brasil durante seu mandato na presidência, o PT ganhou quatro eleições presidenciais seguidas – incluindo a vitória de Dilma em 2010 e, apenas 18 meses atrás, sua reeleição com 54 milhões de votos.
A elite do país e seus grupos midiáticos fracassaram, várias vezes, em seus esforços para derrotar o partido nas urnas. Mas plutocratas não são conhecidos por aceitarem a derrota de forma gentil, ou por jogarem de acordo com as regras. O que foram incapazes de conseguir democraticamente, eles agora estão tentando alcançar de maneira antidemocrática: agrupando uma mistura bizarra de políticos – evangélicos extremistas, apoiadores da extrema direita que defendem a volta do regime militar, figuras dos bastidores sem ideologia alguma – para simplesmente derrubarem ela do cargo. (David Miranda / Texto Integral)
Querem o poder a qualquer custo. Não ficaram satisfeito com a derrota nas urnas, dai começou o plano para o Golpe. Temer, o Vice- presidente traidor de todos os tempos. Defender esta mulher é um dever do povo brasileiro. Uma garota que foi presa, torturada pelo regime militar, por querer a Democracia e o melhor para os brasileiros. A elite não suportam ver o filho do pobre estudar nas universidades particulares, subir em um avião para estudar no exterior. Não precisar remendar suas roupas, porque tem um cartão de crédito. Não morar em barracos porque tem uma casa. Não passar fome porque tem comida na mesa e tantas outras coisas. O País estava no rumo certo. Com a reeleição de Dilma começou a derrubada. Vingança. Os projetos enviados à Câmara não eram aprovados. Perseguição; Para que os programas sociais não fossem realizados. Usaram como pretexto as ” chamadas pedaladas fiscais” Se fossem enviado ao Congresso o valor para cobrir esses programas, não seria aprovado. Ela Dilma estava só, com um traidor que se dizia aliado e está mostrando sua Cara a gora. Eles prejudicaram o crescimento do País para que o povo ficassem enfurecidos. “Se ela cair pelas pedalada” 16 governadores cairão com ela segundo Alckmin, governador de São Paulo. O mundo lá fora está com ela. Porque esses corruptos todos, não têm legitimidade para governar a Nação.