Ícone do site CartaCampinas

Atividades voltadas à ‘Diversidade Cultural’ serão realizadas no Sesc no mês de maio

Trilogia da Noite, Fernando Badharó

Em maio, o Sesc Campinas promove atividades voltadas para diferentes temáticas que envolvem a Diversidade Cultural, cujo objetivo é promover o reconhecimento e o respeito pelo diverso e a minimização de preconceitos e estereótipos. Três temas serão abordados como ‘Realidade das Aldeias Indígenas’, ‘Oriente Médio e Mundo Muçulmano’ e ‘Videodança com a temática Queer’.

Dentro da proposta sobre a ‘Realidade das Aldeias Indígenas’, o Sesc traz o grupo de rap indígena Brô MC´s, formado por quatro jovens moradores das aldeias Jaguapiru e Bororó que, nos últimos anos, vem construindo uma trajetória importante no cenário nacional e internacional da música. O Brô MC´s rompe as barreiras do pré-conceito e as fronteiras de Mato Grosso do Sul para levar suas rimas em Guarani e a realidade das Aldeias Jaguapirú e Bororó para todo o Brasil. Com muito trabalho, o grupo vem mostrando que suas músicas vão além de um modismo, se identificando com a busca dos povos indígenas do país. Composto por Bruno Veron, Clemerson Batista, Charlie Peixoto e Kelvin Peixoto, o grupo ainda conta com participações de Higor Lobo (HG) e da Backing Vocal Dani Muniz. Revelado em 2009, quando gravou os primeiros sons, o grupo tem canções que abordam diversos temas em português e guarani. A atividade é gratuita, aberta ao público e acontece no sábado, dia 21, às 14h, no Espaço Arena do Sesc Campinas.

‘Oriente Médio e Mundo Muçulmano’ traz quatro encontros semanais focando temas como terrorismo e atores políticos islâmicos; a mulher muçulmana; o papel dos EUA na relação Oriente Médio e mundo muçulmano. Organizado por Cila Lima, Natália Nahas Calfat e Ariel Finguerut, editores executivos da Revista Malala e pesquisadores do GT Oriente Médio e Mundo Muçulmano da USP, esse minicurso apresenta um panorama sobre o Oriente Médio e Mundo Muçulmano (OMMM), proporcionando uma reflexão sobre temas contemporâneos a partir de elementos teóricos, históricos e das ciências sociais.

Os encontros semanais acontecem aos sábados, das 10h às 14h. Com valores entre R$ 5 e R$ 17, as inscrições podem ser feitas a partir do dia 3 e 4 de maio na Central de Atendimento. No primeiro encontro, dia 7, ‘Mesa de Abertura – Conflito na Síria’ traz para discussão Cila Lima, Natália Nahas Calfat e Ariel Finguerut. No dia 14, ‘O Terrorismo, o Islã e os Atores Políticos Islâmicos’ aborda questões como a associação entre o Islã, uma religião milenar e em expansão com 1.7 bilhões de seguidores, e o terrorismo contemporâneo – como os ataques a Paris – podem ser repensadas a partir da discussão teórica sobre terrorismo e também olhando historicamente para como Estados, democráticos ou não, lidam com o terrorismo. Existiram motivações ideológicas nos ataques de muçulmanos contra alvos ocidentais? Há um contexto socioeconômico que devemos entender? A islamofobia é um fator usado por grupos terroristas como o Estado Islâmico (ISIS) no recrutamento de jovens muçulmanos europeus? Em termos gerais, como podemos entender um fenômeno como o grupo autointitulado, Estado Islâmico (ISIS)? Faz sentido, em termos históricos, um Califado para a comunidade muçulmana no Oriente Médio? Para essa discussão, Natalia Nahas Calfat, pesquisadora do GT Oriente Médio Mundo Muçulmano da USP, mestranda em Ciência Política da USP, editora executiva da Revista Malala, ministrará sua conferência, por meio de notícias, filmes e textos.

‘A Mulher Muçulmana, seu Papel Histórico e sua Presença nos Movimentos Sociais do OMMM’ acontece no dia 21. Nesse encontro discussão sobre alguns dos grandes temas do OMMM que, muitas vezes, chocam a opinião pública, cuja ligação está diretamente relacionada às mulheres muçulmanas. Temas como apedrejamento por adultério, casamentos forçados, poligamia, estupro legalizado de crianças, mutilação sexual e até temas comportamentais como uso do véu e o papel da mulher na sociedade muçulmana ao lado de fortes movimentos sociais de mulheres muçulmanas. Podemos falar em feminismo islâmico? Como as mulheres muçulmanas se mobilizam, discutem e lutam por seus direitos no OMMM? Para essa discussão, Cila Lima, pesquisadora do GT Oriente Médio Mundo Muçulmano da USP, doutoranda e bolsista Fapesp do Programa de Historia Social da USP, autora do livro Women and Islamism: the cases of Egypt and Turkey e editora executiva da Revista Malala (USP), ministrará sua conferência dialogando com notícias contemporâneas, textos acadêmicos e relatos de muçulmanas.

No último encontro do dia 28, ‘O Papel dos EUA e sua Relação com o Oriente Médio e Mundo Muçulmano’, aborda as questões da ligação direta e indireta que ligam o Oriente Médio e Mundo Muçulmano aos EUA, seja como parte da solução, a “inquestionável liderança”, ou como o “grande culpado” pelos problemas da região. Como podemos olhar as relações entre os EUA e o OMMM? Há elementos econômicos envolvidos? Há uma tentativa de hegemonia – capacidade de exercer influência e capacidade de impor uma conduta sobre outros – que mobiliza os esforços dos EUA a pensar sua presença e intervenções militares no Oriente Médio? E em termos culturais, como ideias defendidas e consagradas no Ocidente (por exemplo, secularismo, democracia e liberdade de expressão) influenciam na política externa dos EUA? Há uma visão de “esquerda” ocidental diante do Mundo Muçulmano que tende a protegê-lo? Por outro, há uma tendência à islamofobia na visão da direita? Por que chegamos num debate tão polarizado? E quais são as consequências desse debate polarizado? Para essa discussão, Ariel Finguerut, pesquisador do GT Oriente Médio Mundo Muçulmano da USP, doutor em ciência política pela Unicamp e editor executivo da Revista Malala fará sua conferência dialogando com notícias contemporâneas, filmes e textos acadêmicos.

No dia 25, ‘Videodança – Trilogia da Noite’ com Marcelo Kuna, apresenta uma série de três videodanças com temática queer, a partir das canções “A Galeria do Amor” (1975), “Perdido na Noite” (1976) e “Eu pecador” (1977), do crooner mineiro Agnaldo Timóteo. Com filmagem e edição de Fernando Badharó e Laura Canedo, a trilogia foi criada como parte da monografia artística Transviado, apresentada como conclusão do curso de Comunicação das Artes do Corpo (PUC-SP), sob a orientação da artista Gaby Imparato. Participação especial de Will Soares. Belo Horizonte & Ouro Preto, MG (2015). Atividade gratuita e aberta ao público acontece no dia 25, sábado, às 18h, no Espaço Arena do Sesc Campinas.

Confira a programação completa pelo Portal do Sesc. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Sair da versão mobile