Por Luís Fernando Praga
Mulher pode não ser simples assim…
Pode não reagir como eu espero,
Ela pode fingir um ar austero,
Mas pode gargalhar, até que enfim!
Ela pode trilhar um campo escuro,
Pode aprender na dor da sua história,
Pode por o passado na memória,
Pra poder sofrer menos no futuro.
Ela pode vencer com muita raça
E pode questionar meus argumentos,
Pode não ter que trabalhar de graça,
Também pode morrer por seus rebentos.
Pode ser de qualquer religião,
Mas também pode não querer ter uma.
Pode crer no clamor do coração,
Pra poder viver leve como a bruma.
Pode ser amarela, branca ou preta
E pode decidir do que precisa.
Ela pode faltar com a etiqueta,
Ela pode ser musa e poetisa
Pode constituir uma família
Com o(a) parceiro(a) que bem entender,
Porque não é a lei da hipocrisia
Que vai diminuir o seu poder.
Ela pode adorar a madrugada,
Pode ser só virtude ou ter seu vício,
E ela pode amar e ser amada,
Pois mulher sem amor é desperdício.
Pode ser gorda, magra e tatuada,
Maquiada, despida ou ter um carro,
Pode sexo, beijo e um cigarro.
Pode muito querer ser respeitada.
Pode ser meiga, casta, pura e puta,
E pode ser da forma que quiser.
Pode até fraquejar na sua luta,
Porque é ser humano o ser mulher.
Ela pode guiar a sua vida,
Só ela pode o parto e o aborto.
Ela pode lamber sua ferida,
E ela pode chorar o filho morto.
Ela pode ser toda diferente,
Pode o prazer, o toque, pode o gozo.
E ela pode saber, daqui pra frente,
Que seu querer é muito poderoso.
A mulher pode tudo, é o que eu acho…
E ela pode dar poder à paz,
Pode crescer sem oprimir o macho
E pode empoderar-se ainda mais!
Ela pode querer não ser mais triste.
E pode crer, fez a escolha certa,
Porque um mundo livre só existe
No universo da mulher liberta!
Novamente, amei !
Parabéns e obrigada sempre por nos alimentar a alma!
Grata! Como mulher, mãe, esposa, sogra, avó, filha (embora órfã há dezesseis anos e meio), leitora, professora e, obviamente, CIDADÃ. Gratíssima por tudo – e por todas nós! -; muito agradecida por VOCÊ EXISTIR, cidadão consciente.