Isso tem levado o estado de São Paulo, governado por Geraldo Alckmin (PSDB) a ter os piores índices de solução de crimes. Ou seja, em São Paulo o criminoso tem quase 100% de impunidade por incapacidade de investigação policial (link) . Nas delegacias da Mulher, a situação é um pouco pior com falta até de atendimento.
Parlamentares da Câmara de Campinas, da Assembleia Legislativa de São Paulo e da Câmara Federal pretendem realizar uma audiência pública em Campinas para melhor o atendimento das mulheres vítimas da violência na cidade.
Nesta semana, o vereador Carlão (PT) entregou à deputada estadual Marcia Lia (também do PT) cópias dos principais documentos que integram o Inquérito Civil do Ministério Público (1637/13 SP), que investiga a precariedade no atendimento da única unidade da Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher (DDM) em Campinas, a partir de denúncia do vereador, realizada em janeiro de 2013. A DDM funciona no Bairro Bonfim apenas no horário comercial, de segunda à sexta-feira. Além do número insuficiente de funcionários e dos problemas estruturais do prédio, o local é considerado inadequado por não oferecer a segurança necessária e o acolhimento das vítimas.
Carlão também se reuniu com a promotora responsável pelo Inquérito, Cristiane Corrêa Hillal, para falar sobre os desdobramentos da investigação e reforçar a necessidade do funcionamento da DDM por 24 horas e aos finais de semana, que é quando ocorrem a maioria dos casos de violência contra a mulher, além da implantação de uma 2ª unidade da DDM na 2ª Delegacia Seccional de Polícia da cidade, no Jardim Londres, conforme anunciado pelo governador quando inaugurou a sede no imóvel alugado, há quase dois anos.
O vereador explica que o principal objetivo da Audiência Pública é mobilizar os mais variados setores da sociedade para o necessário engajamento na cobrança das autoridades, especialmente o governo do estado (responsável pela segurança pública), pelas melhorias. Ele considera que entre as outras demandas urgentes para a cidade neste segmento estão investimentos em capacitação dos funcionários desses serviços públicos e a implantação de uma Vara Especializada para atender os casos de violência doméstica e familiar no campo judicial. (Carta Campinas com informações de divulgação)