.Por Thais Dibbern.
Em festas de fim de ano é comum escutarmos de parentes e amigos comentários diversos sobre religião e política, tais comentários tornam-se corriqueiros com o passar dos Natais e Reveillons e acabam tornando-se parte integrante das comemorações.
Particularmente, quando essa época de festas chega, procuro me preparar para os piores comentários que possam surgir, desde frases do tipo “odeio política” e até mesmo “todo político é ladrão”, e claro, muitas frases ultraconservadoras. Esta preparação exige paciência e tolerância, principalmente quando ignorar é o único caminho a seguir.
No entanto, considerando o momento político em que estamos vivendo e as intolerâncias que predominam as redes sociais e fora delas, é necessário refletir sobre os pensamentos ultraconservadores e seus impactos, no que diz respeito às violações de direitos humanos, já que comentários desse tipo não são exclusivos para este período.
O pensamento ultraconservador é caracterizado pela aversão às mudanças políticas e sociais. Mas, que efeito este pensamento causa perante os direitos humanos? Intolerâncias, opressão, injustiças, individualismo, exclusão social, fragilidade. Os retrocessos que tivemos no ano de 2015 são reflexos desse tipo de pensamento, superá-los é um desafio que devemos encarar.
Algumas pessoas não medem suas palavras e acabam confundindo a liberdade de expressão com discursos de ódio e/ou ofensivos, esses discursos podem se tornar base para pessoas cometerem algum tipo de discriminação e tornarem-se violentas perante as diferenças.
O sistema capitalista contribui para pensamentos ultraconservadores e, além de ser absurdamente perverso, exclui direitos e pessoas, os direitos são diferenciados (dominadores x dominados), há concentração de renda e riqueza, desigualdade social, violações de direitos humanos, cria valores para determinados grupos, reforça o patriarcalismo e mata.
As políticas públicas podem ser reparadoras e compensatórias, mas não corrigem esta defasagem de pensamentos e atitudes preconceituosas e medíocres.
Ao que me parece, vivemos na sociedade da aparência e não da essência!
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