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Guardião e Caveirão: o Estado em guerra para manter a desigualdade

Em julho de 2015, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) comprou 6 grandes blindados para os 2º e 3º Batalhões de Policiamento de Choque (2º e 3º BPChq) da Polícia Militar e 7.992 pistolas e espingardas para unidades da Polícia Civil de todo o Estado.

Os grandes blindados, chamados pelo governo de ‘Guardião’, é na verdade a mesma coisa que o Caveirão, usado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. E serve para a mesma coisa: manter a desigualdade social com o máximo de violência e combater alternativas de sobrevivência da população marginalizada.

Diferente das Forças Armadas, que investe em equipamentos de guerra para a defesa do país, os governos estaduais investem para enfrentar a própria população que o Estado marginaliza.

A massa da população pobre tem duas alternativas básicas para sobrevivência: a criminalidade ou a política. No Rio, o blindado combate a alternativa criminal, ou seja, o comércio de drogas nas favelas, que é um comércio arriscado, mas que permite uma ascensão social mínima em uma região abandonada pelo Estado.

Em São Paulo, após seis meses da compra, o blindado teve pouca utilidade, mas servirá para atacar a população pobre quando tenta uma alternativa política de sobrevivência: seja em ocupações para moradia ou em manifestações de rua. Em reportagem da TV Globo, a própria PM reconheceu que não há condições de usá-lo como é usado no Rio de Janeiro, pelas diferenças sociais e geográficas da capital paulista.

O governo do Estado investiu cerca de R$ 30 milhões nos veículos, além de mais de R$ 14 milhões nas armas de fogo. Cada viatura custou aproximadamente R$ 5 milhões. No total, o governo de Geraldo Alckmin torrou R$ 44 milhões e até o momento teve pouca utilidade (graças a Deus!).

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