Cerca de 300 moradores de Barão Geraldo pararam o trânsito na região central do distrito na manhã deste sábado, 5/12, contra o caos urbano em que deverá se transformar a região com a liberalização total da especulação imobiliária, como pretende o governo Jonas Donizette (PSB).
Se for aprovada a proposta, deverá acontecer com o bairro o mesmo que aconteceu com a região da Unip, no bairro Swift, em que inúmeros prédios foram erguidos e o caos foi instalado no trânsito. Outra região em que também aconteceu o boom imobiliário foi a região da CPFL, na Chácara Primavera. Ou mesmo a região do Taquaral, na área próxima ao supermercado Dalben. São casos praticamente sem solução devido ao adensamento populacional.
De acordo com os moradores, as mudanças permitirão a construção de prédios sem limite de altura, triplicar a população do distrito, destruir áreas verdes, causando consequências como maior poluição do ar, do solo, enchentes e engarrafamento.
Apoiados por vários movimentos e organizações da região, os moradores temem a mudança na Lei de Uso e Ocupação do Solo, que pretende ser feita pelo governo Jonas Donizette antes do estabelecimento do Plano Diretor da cidade. Para os moradores, a legislação agora é uma manobra para passar por cima da população. Eles querem que a legislação sobre o uso do solo em Barão ou de qualquer bairro de Campinas seja feita após a aprovação do Plano Diretor.
“A proposta da LUOS que a prefeitura faz desrespeita tudo o que foi expressamente determinado dentro da única oficina do Plano Diretor em Barão Geraldo, que aconteceu em 30 de julho deste ano de 2015. Em cinco das cinco equipes formadas nessa oficina, a população expressou a sua vontade de não-verticalização do distrito, da não-alteração do perímetro urbano e da utilização da área total da fazenda Rio das Pedras para a criação de um parque público de visitação. Nada disso está sendo respeitado na proposta da nova LUOS. A prefeitura pretende que a nova LUOS seja apresentada sem discussões com a população. E depois obviamente pretende que seja aprovada pela Câmara Municipal passando como um trator sobre a vontade da população e desrespeitando aquilo que é o nosso direito constituído de determinar que futuro queremos para a região onde residimos e temos toda nossa vida formada”, anotam os moradores em página do movimento.