Segundo informações, os promotores do Gaeco suspeitam que a facção criminosa que ele faz parte financia campanhas eleitorais na região. (Dinheiro do tráfico transferido para fazer campanhas políticas). O assessor detido, segundo o secretário de Relações Institucionais, Wanderley de Almeida, fazia a interface entre a administração e os presidentes dos bairros de Campinas. Para isso, ele recebia cerca de R$ 7 mil por mês dos cofres públicos.
Em novembro a promotora de Justiça Cristiane Corrêa de Souza Hillal, ofereceu denúncia à Justiça contra o prefeito de Campinas, Jonas Donizette e o presidente da Sanasa, Arly de Lara Romêo por improbidade administrativa. Eles são acusados de promover a contratação indevida de funcionários comissionados. Na ação ajuizada na Vara da Fazenda Pública de Campinas, a promotora diz que Donizette e Romêo usaram a empresa de saneamento para “a prática de clientelismo e não para melhorar a eficiência do serviço público”.
Ela pede que os dois sejam condenados à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por cinco anos e pagamento de multa equivalente a 100 vezes a remuneração do prefeito. A promotora pede ainda, a redução no número de comissionados dos atuais 196 para apenas 15 servidores e a declaração de inconstitucionalidade do Estatuto Social da Sanasa, que estabeleceu os critérios para a criação de cargos em comissão.
A promotora diz que, sem contar a Câmara de Vereadores, a prefeitura e entes da administração indireta, como Ceasa, Setec, Emdec, etc, existem 1.418 cargos em comissão. Esse número, diz ela, “supera países como França e Alemanha que, juntos, somam 500 vagas”.
A promotora diz ainda que na Sanasa – assim como na prefeitura e nos demais entes da Administração indireta – “os cargos comissionados vão se distribuindo em uma cadeia hierárquica imensa de chefes de chefes e de chefes, por sua vez, com seus respectivos assessores, até o ponto de não se saber, afinal, quem está, de fato, sendo chefiado” (Texto Integral)