A colunista do Jornal espanhol El Pais, Eliane Brum, publicou artigo hoje em que pergunta o que aconteceu com os intelectuais de Campinas depois da “burrice” proferida pela Câmara de Campinas ao aprovar uma moção de repúdio ao Ministério da Educação.
A “moção de repúdio” foi aprovado por causa de uma questão da prova do Enem que citava a filósofa francesa Simone de Beauvoir.
Para ela, episódios como esta “moção de repúdio” à Simone de Beauvoir ocorriam esporadicamente em rincões afastados, e logo eram ridicularizados. “Hoje, acontecem na Câmara de Vereadores de uma das maiores e mais ricas cidades do estado de São Paulo, no sudeste do Brasil, uma cidade que abriga várias universidades, entre elas a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), uma das mais respeitadas do país. E cadê os intelectuais? Rindo dos burros nas cantinas universitárias? Será? Não era de se esperar mais iniciativas de busca do diálogo, de criação de oportunidades para explicar quem é Simone de Beauvoir e refletir sobre sua obra, ou mesmo a ocupação da Câmara, para produzir reação e movimento que permitisse o conhecimento e combatesse a ignorância?”
No texto de Brum no El Pais, o Brasil atingiu a burrice máxima: “a fogueira de Simone de Beauvoir a partir da questão do ENEM mostrou que a burrice se tornou um problema estrutural do Brasil. Se não for enfrentada, não há chance. Hordas e hordas de burros que ocupam espaços institucionais, burros que ocupam bancadas de TV, burros pagos por dinheiro público, burros pagos por dinheiro privado, burros em lugares privilegiados, atacaram a filósofa francesa porque o Exame Nacional de Ensino Médio colocou na prova um trecho de uma de suas obras, O Segundo Sexo, começando pela frase célebre: “Uma mulher não nasce mulher, torna-se mulher”. Bastou para os burros levantarem as orelhas e relincharem sua ignorância em volumes constrangedores. Debater com seriedade a burrice nacional é mais urgente do que discutir a crise econômica e o baixo crescimento do país. A burrice está na raiz da crise política mais ampla. A burrice corrompe a vida, a privada e a pública. Dia após dia.”
Moro em Campinas e o EL PAÍS através de sua colunista escreveu tudo o que eu penso também.
Só faltou mencionar que o legislativo daqui faz parecer realidade outra plêiade de políticos criados pelo novelista Dias Gomes que foi sucesso na tv em década passadas.
Com tanta lastimável ignorância, Campinas dos políticos, transformou-se numa grande e rica SARAMANDAIA.
…UNICAMP OLHAI POR NÓS. ..
Em Campinas tem repúdio contra essa atuação da câmara municipal sim com a participação de professores. Quer participar? Entre nesse grupo do facebook.
https://www.facebook.com/events/188719134799640/190926237912263/
O Brasil todo é em boa parte na realidade a fantasia de Dias Gomes!
Alguns dos intelectuais, junto Com movimentos sociais, estiveram na Câmara dias depois justamente para debater a importância de se discutir gênero.
Não sou de Campinas embora more ao lado e tenha uma paixão descomunal pela beleza, sofisticação e história dessa cidade, vale destacar que ainda perpetua amena no seio da sociedade, traços da escravização em cuja cidade, se deu em grande ordem e destaque, em face disso reverbera ainda hipocrisias, em políticos faceiros, malandros e dissimulados, que usam do conservadorismo promiscuo, para enganar outros seus que permanecem a reboque dos avanços sociais em nossa recente democracia.
A Unicamp já não pensa como antes, o imediatismo vulgar e secular afeta seu cerne; e pensar mais, e expressar mais além dos campos acadêmicos como formador de opinião, passa a ser cada dia mais fustigante.
Mas como sempre o conjunto da obra dessa cidade ignorará mais uma vez esse ato insalubre desse políticos insípidos, porque Campinas está muito além dessa gente careta e cretina.
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A Era dos Imbecis não é uma mera figura de retórica. No Brasil coxinha do século XXI é a mais triste realidade!
População ignorante elegerá políticos ignorantes e a ignorância se perpetura.
Vetado por não se identificar.