No próximo sábado, 10 de outubro, às 19h30, o ciclo Aula de Cinema, que acontece no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas e tem curadoria do crítico de cinema e jornalista Ricardo Pereira e de Gustavo Sousa, exibe o filme “Juventude Transviada”, de Nicholas Ray.
Como seu filho Jimmy (James Dean) acaba arranjando confusão em todos os colégios em que é matriculado, os Stark vivem mudando de cidade em cidade para livrar o filho das más influências. Mas, recém-chegado à nova cidade, Jimmy já é levado para a delegacia por bebedeira e vadiagem. Lá ele conhece Judy (Natalie Wood), uma adolescente que não consegue mais conviver pacificamente com seu pai. A empatia entre os dois jovens é mútua. No dia seguinte, na escola, Jimmy desperta ciúmes em Buzz (Corey Allen), namorado de Judy, e é chamado para resolver a rivalidade num racha de carros que acaba tendo um desenlace fatal. Assustados, Jimmy e Judy escondem-se com o menino Plato (Sal Mineo) numa mansão abandonada, onde tentarão conviver como uma família, na ausência de outra. EUA, 1955. Colorido, 111 min.
Nicholas Ray (1911-79) estudou arquitetura com Frank Lloyd Wright e trabalhou no teatro sob direção de Elia Kazan e John Houseman. Seus primeiros filmes frequentemente focalizavam tipos marginais como heróis. Em seu primeiro filme, o lírico “Amarga Esperança” (1948), Farley Granger fazia o papel de um assaltante de banco indeciso em fuga. “No Silêncio da Noite” (1950) trazia Humphrey Bogart como um roteirista auto-destrutivo acusado de assassinato. Em “Cinzas que Queimam” (1951), Robert Ryan era um policial amargo e “Johnny Guitar” (1954) trazia Joan Crawford como uma conivente dona de saloon. Sem contar “Juventude Transviada” (1955), filme que melhor retratou a delinquencia juvenil e que ajudou a criar a mística em torno da figura de James Dean. Mas suas primeiras proezas como diretor só foram reconhecidas no final de sua vida. Um de seus admiradores era Wim Wenders, que colocou-o como ator em “O Amigo Americano” (1977) e co-dirigiu com ele “Lightning Over Water” (1980). O cineasta alemão ainda realizaria o documentário “Um Filme para Nick” (1980) que registrou os últimos dias de vida de Ray.
A exibição é gratuita e seguida de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Local:
Museu da Imagem e do Som de Campinas
Palácio dos Azulejos
rua Regente Feijó, 890
Centro