A gestão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara Federal é um marco do retrocesso de conquistas da sociedade brasileira.
Ele produz e patrocina, independente das inúmeras acusações contra ele por corrupção, o maior retrocesso político e social desde a ditadura de 64.
E ele consegue isso porque tem o apoio do PSDB e principalmente do grupo de Aécio Neves (PSDB-MG).
Ao insistir no discurso do impeachment durante todo o ano de 2015, Aécio só conseguiu até agora atolar o país no obscurantismo evangélico e de extrema direita que tomou conta da Câmara nas últimas eleições.
Terá de carregar essa história ao lados dos extremistas. Isso porque o Supremo Tribunal Federal já deu sinal de que será difícil dar um golpe paraguaio.
Grande parte da sociedade brasileira assiste atônita ao avanço conservador nas investidas contra as mulheres, contra os índios, contra a pacificação social, contra a igualdade social e sexual, contra a corrupção legalizada do financiamento eleitoral, contra o meio ambiente e diretos, contra conquistas históricas e muitos outros.
Cego para o processo histórico, Aécio só enxerga eleições na sua ação política.
Tancredo Neves, avô de Aécio, sugeriu a Getúlio Vargas que desse um golpe de Estado antes do suicídio.
Aécio parece ter na alma o gene golpista. O problemas é que a história só se repete como farsa.
E a história nos dirá. No início do século 21, Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, foi o grande patrono do subdesenvolvimento político e social instalado no Congresso Nacional.