Hoje, dia 15 de setembro, o PSOL completa uma década de registro. Apesar do crescimento nas últimas eleições, o partido está ameaçado pela reforma política conservadora de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para o partido, a democracia brasileira foi atacada por seus representantes eleitos e por Eduardo Cunha, que na página do partido é chamado de “golpista”. Para o PSOL, a minirreforma eleitoral “junta diversas propostas em tramitação, com um resultado nefasto para a pluralidade nas eleições parlamentares no Brasil”.
Segundo o partido, o projeto aprovado contém três grandes ataques ao PSOL: “tira a obrigatoriedade de emissoras convocarem para os debates partidos com menos de dez deputados federais eleitos, aumenta o teto de doação empresarial de campanhas para R$20 milhões por empresa e diminui drasticamente o tempo de TV para os partidos pequenos”.
O PSOL, por exemplo, terá sua propaganda eleitoral limitada a cerca de dez segundos por programa.
Para o presidente nacional do PSOL e professor da Universidade de Brasília (UnB), Luiz Araújo, a aprovação do projeto é um grave ataque ao processo eleitoral brasileiro. “Essa contrarreforma visa tirar a força do PSOL porque nós apresentamos saídas diferentes nas eleições: com mais direitos e à esquerda”, afirma. “Calar o PSOL é tirar a voz da luta pelos direitos das mulheres, negros, LGBTs, pela Reforma Política, contra o ajuste fiscal e por mais recursos para áreas sociais”. A ex-candidata à Presidência pelo partido, Luciana Genro, afirma que a reforma é antidemocrática e atinge diretamente o PSOL.
Em Campinas o advogado Rafael Moya e a professora da PUCCAMP, Raquel Guzzo, foram os primeiros a levantar a bandeira para a criação do partido. Em seguida vieram Marcela Moreira, Paulo Bufalo, Arlei Medeiros, Mariana Conti e demais militantes. Desde de 2006, o PSOL participa de todas as eleições na cidade. Atualmente o partido está representado na Câmara Municipal pelo vereador Paulo Bufalo.