Com curadoria de Marcelo Salles, a exposição traz seis artistas com trabalhos inéditos construídos a partir da geografia. A proposta, segundo o curador, é “unir ciência e arte.Para isso discutimos e buscamos referencias principalmente em textos do Milton Santos. Porque para Milton Santos o espaço geográfico, o lugar, é onde se estabelecem as relações sociais, econômicas e políticas”, completa o curador.
Os artistas Carol Seiler, Fulvia Molina, João Carlos de Sousa, Lynn Carone, Marcia Gadioli e Vera Toledo juntamente com o curador se encontraram em reuniões periódicas onde eram discutidos vários textos, principalmente do geógrafo e pensador Milton Santos, abordando os conceitos do espaço geográfico.
Milton Santos, foi professor da Universidade Federal da Bahia até 1964 quando se afastou do país perseguido pela ditadura. No exílio ensinou em diversas universidades da Europa e Estados Unidos, além de África e América do Sul; foi consultor da Nações Unidas e da Organização Internacional do Trabalho. Doutor honoris causa por universidades na França, Itália, Estados Unidos e Brasil, foi ganhador do prêmio Vautrin Lud (o Nobel da Geografia). Sua vasta produção abarca aproximadamente 40 livros e 300 artigos com questões pertinentes à cidade, ao subdesenvolvimento e à globalização.
Dos encontros, os artistas criaram seus trabalhos. Carol Seiler apresenta na exposição a obra “Proteção” (2015) composta por tecelagem e bordado com cabelos e fios de cobre sobre tecidos variados; Fúlvia Molina traz “Capela” (2015) onde as imagens fotográficas impressas em vinil estão sobre vidro temperado. A obra “Diálogos” (2015), de João Carlos de Sousa, traz duas projeções em looping com entrevistas realizadas em Campinas. Uma instalação de vasos e arranjos de plantas, desenhos e carimbos sobre papel compõem o trabalho de Lynn Carone com o título “Herbario Cartográfico”. A mostra recebe também “Lugar do tempo lento”( 2015) – instalação com fotografia e parafina e, de Vera Toledo, “Cenas de Rua”(2015), com 8 pinturas a óleo em dimensões variadas.
A mostra vai até 15 de novembro e a entrada é gratuita. (Carta Campinas com informações de divulgação)
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